Vestir a camisa 1 da Seleção Brasileira em quatro Copas do Mundo é um feito alcançado por poucos. Para Guitta, goleiro eleito o melhor do mundo em 2021, esse é um orgulho imenso. Ao longo de seus 14 anos com a Seleção Brasileira de futsal, ele conquistou o título mundial em 2012, na Tailândia, durante sua primeira participação em um Mundial. Agora, em sua última Copa do Mundo, Guitta sonha em encerrar sua trajetória com um hexacampeonato no Uzbequistão.
Nascido em Ribeirão Pires e criado em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, Thiago Mendes Rocha, mais conhecido como Guitta, começou sua trajetória no futsal em uma escolinha de sua cidade natal.
“Meu início no futsal foi graças ao meu irmão mais velho, Luís. Ele é oito anos mais velho que eu e me treinava com o que aprendia nos treinos dele. Meus outros dois irmãos, Luís e Elias, também participavam de uma escolinha e me levaram junto para praticar”, relembra. Seu talento não passou despercebido. “Fiz um treino e o treinador logo disse: ‘esse goleiro é o titular da minha equipe’”, conta.
Aos 18 anos, Guitta foi aprovado em um teste em Orlândia, no interior de São Paulo, onde se tornou ídolo ao longo de nove temporadas jogando pelo Intelli. Esse período o levou à Seleção Brasileira.
A primeira convocação de Guitta para a Seleção Brasileira ocorreu em 2011, após participar de uma clínica de goleiros com o objetivo de identificar possíveis nomes para futuras convocações.
“Estavam presentes o Fred (preparador de goleiros da Seleção), além de outros dois preparadores e cerca de oito goleiros que se destacaram em seus clubes. Logo em seguida, fui convocado para a Copa América, na Argentina, ainda naquele ano.”
Além de disputar as Copas do Mundo de 2012, na Tailândia, 2016, na Colômbia, e 2021, na Lituânia, a trajetória de Guitta inclui passagens por quatro temporadas no Corinthians, cinco no Sporting, de Portugal, e, atualmente, está em sua segunda temporada no Ukhta, da Rússia. No entanto, são as memórias da Seleção que ele guarda com mais carinho, especialmente o título mundial conquistado na Tailândia, em 2012.
“Tive o privilégio de estar ao lado de craques que eu assistia na TV, jogadores renomados e experientes como Falcão, Vinicius, Lenisio e Tiago. Eram atletas que já haviam conquistado tudo na carreira, mas ainda tinham aquela vontade, determinação e brilho no olhar para serem campeões mundiais. A gana de chegar a uma final era visível”, recorda.
Neste domingo, o Brasil enfrenta o Marrocos, às 9h30 (horário de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Mundo, no Uzbequistão. Guitta destaca que, nesta competição, é fundamental estar preparado para qualquer situação, já que o futsal se tornou um esporte cada vez mais equilibrado. Para ele, a união do grupo tem sido um fator decisivo.
“Acho que nossa união, nossa entrega e o fato de conhecermos profundamente uns aos outros, sabendo as qualidades e o papel que cada um desempenha na equipe, têm feito a diferença”, afirma.
Com informações da CBF
Foto: Leto Ribas/CBF