sábado, 19 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Na 4ª Reunião do Grupo de Trabalho da Saúde do G20, realizada em Natal, Rio Grande do Norte, os países membros discutiram estratégias para apoiar a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e nações de baixa e média renda no combate à tuberculose, levando em consideração o impacto das mudanças climáticas. Este encontro, realizado no segundo dia do evento em 2 de julho, destacou a necessidade urgente de desenvolver respostas eficazes e resilientes para enfrentar essa combinação de desafios.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, explicou que a discussão se concentrou em como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visam eliminar a tuberculose até 2030, podem ser afetados pelas mudanças climáticas. A recente experiência do Brasil, que alocou R$ 100 milhões para fortalecer o controle da tuberculose e destinou mais de R$ 4,8 milhões para Minas Gerais, ilustra o tipo de suporte necessário. Maciel destacou como eventos climáticos extremos, como enchentes no Rio Grande do Sul, impactaram o tratamento da tuberculose e exigiram adaptações rápidas no sistema de distribuição de medicamentos.

Além dos efeitos diretos das mudanças climáticas, como inundações e calor extremo, a reunião abordou a necessidade de entender melhor como esses fatores afetam a microbactéria causadora da tuberculose. Investigações estão em andamento para avaliar o impacto das mudanças climáticas na patogenicidade da tuberculose, visando criar estratégias de mitigação adequadas.

Os fatores sociais e ambientais, como desigualdades, pobreza e insegurança alimentar, aumentam a vulnerabilidade à tuberculose e são exacerbados pelas mudanças climáticas. A interrupção dos serviços de saúde e a insegurança alimentar resultantes de desastres climáticos complicam ainda mais o combate à doença. Nesse contexto, construir sistemas de saúde mais resilientes e sustentáveis é visto como uma estratégia crucial para enfrentar esses desafios e promover a saúde global.

O Grupo dos 20 (G20), formado por 19 países e a União Europeia, atua como um fórum de cooperação econômica internacional desde 1999. O G20, criado para fortalecer a economia global e abordar questões essenciais para o desenvolvimento, desempenha um papel significativo na formulação de políticas que podem influenciar a saúde global. Com sua composição diversificada, o grupo tem o potencial de iniciar projetos que tragam benefícios abrangentes e alcançar consenso sobre questões críticas, como o combate à tuberculose em um cenário de mudanças climáticas.

Fonte e foto: Gov.com

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