sábado, 14 de dezembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Na noite de quinta-feira (12), um ataque armado orquestrado por criminosos resultou na fuga de 16 presos do Complexo Penal de Eunápolis, localizado a 650 quilômetros ao sul de Salvador. O incidente ocorreu por volta das 23h, quando um grupo de criminosos, fortemente armados com fuzis e outros armamentos pesados, invadiu a área do presídio, permitindo que os detentos escapassem. As informações foram confirmadas pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap).

De acordo com o governo estadual, os criminosos conseguiram acessar o complexo e abrir duas celas, facilitando a fuga dos detentos. A unidade penitenciária de Eunápolis funciona em regime de cogestão entre o estado da Bahia e a empresa privada Reviver, que foi responsável por acionar a Polícia Civil após o ataque. Não houve feridos no episódio, mas as autoridades temem as consequências para a segurança pública devido à fuga dos prisioneiros.

A Seap declarou que está trabalhando de forma integrada com a Polícia Civil para investigar as circunstâncias da fuga e recapturar os presos. O complexo penal de Eunápolis abriga atualmente 269 detentos, sendo 237 em regime fechado.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da empresa Reviver, Odair Conceição, descreveu o ataque como algo inédito na Bahia, devido à violência e ao aparato de guerra utilizado pelos criminosos. “É algo inédito na Bahia. Não se tem notícia de uma fuga orquestrada com o tamanho aparato de guerra”, afirmou Conceição. Ele destacou que, apesar de não haver vítimas, o ataque gerou um dano terrível devido ao risco que representa para a sociedade, mas mostrou confiança de que os fugitivos serão recapturados em breve.

O presidente da Reviver explicou que, apesar da área restrita e da proteção da unidade, os criminosos usaram tiros em série para abrir caminho e facilitar a fuga dos presos. “Houve naturalmente limitação do poder de resposta devido ao aparato balístico que eles tinham”, disse, referindo-se à superioridade armamentista do grupo.

Odair Conceição afirmou que, no momento do ataque, 40 funcionários estavam presentes na unidade. Todos os profissionais da Reviver recebem treinamento especializado para situações de crise como essa. “Eles recebem um treinamento para enfrentar esse tipo de crise”, garantiu o presidente, ressaltando que a segurança pública reforçou a presença policial na unidade após a fuga.

Conceição explicou que, no modelo de cogestão da unidade, há uma clara divisão de responsabilidades entre o poder público e a empresa privada. O governo estadual é responsável pela execução penal, segurança, escolta, classificação de presos e controle da unidade. Já a Reviver é encarregada de atividades como assistência material, social, jurídica e de saúde, além de outras funções como a de monitor de ressocialização.

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia afirmou, por meio de nota, que as forças policiais estão atuando de forma integrada para localizar e recapturar os 16 detentos que fugiram. A Polícia Civil também está conduzindo as investigações para apurar todos os detalhes do ataque e da fuga, que levantaram preocupações sobre a segurança nas unidades prisionais e a atuação de facções criminosas no estado.

Com as informações da Agência Brasil

Foto: Divulgação / Seap-BA

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