sexta-feira, 15 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgou na sexta-feira (8) os resultados da fiscalização realizada em hospitais e unidades de saúde em todo o estado de Minas Gerais. Na quinta-feira (7), quatro unidades de saúde do Sul de Minas foram visitadas pelos auditores, e o balanço apontou uma série de irregularidades que comprometem a qualidade do atendimento à população, incluindo pacientes internados em corredores e equipamentos médicos inoperantes.
Problemas graves encontrados em unidades de saúde
Em Pouso Alegre, no Hospital Samuel Libânio, os auditores encontraram pacientes internados em um dos corredores do hospital, uma situação que tem se tornado cada vez mais comum em unidades sobrecarregadas. Além disso, foi identificada a ausência de um projeto arquitetônico para a unidade, o que pode afetar a organização e o funcionamento do hospital.
Em Varginha, na Santa Casa, os auditores também encontraram pacientes esperando atendimento em cima de macas, na área dos corredores, uma condição que evidencia o superlotamento e a falta de infraestrutura adequada para o atendimento emergencial.
Já em Poços de Caldas, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), os auditores constataram a falta de extintores de incêndio em algumas áreas da unidade e a presença de um equipamento de autoclave danificado, o que compromete a esterilização de materiais médicos. Além disso, o único gerador de energia da UPA estava desativado devido a problemas na bomba de injeção de diesel, colocando em risco o funcionamento da unidade durante apagões.
Irregularidades em outras unidades
Em Campo Belo, na UPA da cidade, os auditores encontraram macas espalhadas pelos corredores, uma situação que também indica a falta de espaço e recursos para atender a demanda da população. Já em Lavras, na UPA da cidade, foram encontrados mais de 10 problemas, incluindo:
Ar-condicionado quebrado;
Falta de acessibilidade na entrada da unidade;
Lavadora ultrassônica estragada, que é essencial para a esterilização de materiais médicos;
Lixo infectante sem tampa e sem identificação, o que representa um risco à saúde pública;
Todos os extintores de incêndio estavam com a manutenção vencida desde 2023.
Fiscalização em todo o estado
A fiscalização do Tribunal de Contas do Estado passou por 81 hospitais em 73 cidades de Minas Gerais, com foco nas condições estruturais e operacionais das unidades de saúde. No Sul de Minas, desde quarta-feira (5), 14 hospitais foram visitados, e os resultados mostram que muitos estabelecimentos de saúde enfrentam problemas semelhantes, com falta de infraestrutura básica e condições de atendimento comprometidas.

Fonte e foto: TCE

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