Na manhã de terça-feira (19), quatro ex-militares do Exército, conhecidos como “kids pretos”, foram presos pela Polícia Federal (PF) sob acusação de planejar um golpe de Estado e um atentado contra autoridades brasileiras. Os detidos são profissionais com alta formação em Forças Especiais, conhecidos por sua habilidade em operações sigilosas e de alto desempenho. Além dos militares, um policial federal também foi preso no âmbito da mesma operação.
Os presos incluem o general de brigada Mario Fernandes (atualmente na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Mario Fernandes, em particular, tem um histórico ligado a cargos de relevância no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, o segundo posto mais importante da pasta, durante o governo Bolsonaro, e, mais recentemente, assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) entre março de 2023 e março de 2024.
A quinta pessoa alvo da operação é o policial federal Wladimir Matos Soares, cuja prisão foi também determinada no contexto das investigações. As prisões ocorreram em uma operação de grande escala coordenada pela Polícia Federal, mas detalhes sobre o conteúdo exato do plano de golpe e as motivações por trás do suposto crime ainda não foram totalmente revelados pelas autoridades.
Os acusados, conhecidos pela intensa preparação e capacitação em operações de alto risco, são descritos como membros de um grupo denominado “kids pretos”, que remete a um núcleo de militares e agentes de segurança altamente especializados, geralmente envolvidos em operações clandestinas e de inteligência.
O caso desperta atenção não apenas pela gravidade das acusações, mas também pela formação dos envolvidos, o que levanta questões sobre a segurança institucional e os possíveis desdobramentos de um suposto movimento golpista dentro das forças armadas e das instituições de segurança do país. A operação segue em andamento, e novas informações devem ser divulgadas conforme as investigações avançam.
As autoridades brasileiras prometem seguir com rigor as investigações, e a sociedade aguarda mais esclarecimentos sobre as intenções e o alcance do plano desmantelado.
Fonte e foto: Redes sociais