O custo de vida em Belo Horizonte subiu 0,62% em setembro, influenciado pela estiagem que afeta a capital mineira desde abril. Os principais responsáveis pelo aumento foram os preços dos alimentos e a bandeira vermelha na conta de energia.
Os dados são da Fundação Índice de Pesquisas Administrativas, Econômicas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) da UFMG. No setor de alimentação, o café moído teve a maior alta, com um aumento de 16,14%, custando R$ 25,55 por 500g. Desde o início do ano, o preço do café já subiu mais de 50%.
A tarifa de energia elétrica também subiu, com a Aneel aplicando a bandeira vermelha devido à baixa precipitação. O último registro significativo de chuva em BH foi em 19 de abril, resultando em mais de 171 dias de estiagem.
O custo de vida deve permanecer alto em outubro, embora haja previsão de chuvas a partir da segunda quinzena do mês. No entanto, os efeitos econômicos dessas chuvas só serão sentidos mais tarde. O economista da Ipead, Diogo Santos, ressalta que a estiagem impacta especialmente o café, com previsões de safra para 2025 indicando um menor volume de produção.
Com as informações da Ipead
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