As Estações Ecológicas de Corumbá e Acauã, unidades de conservação administradas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), comemoram, nesta semana, seus 50 anos. Criadas para proteger o ambiente natural e as espécies da flora e fauna presentes na região onde estão inseridas, as áreas protegidas se destacam pela beleza cênica e seu valor espeleológico, arqueológico, paleontológico, pela biodiversidade, além do rico trabalho de educação ambiental realizado com as comunidades.
Situada em Arcos, no Centro-Oeste de Minas, a Estação Ecológica Corumbá possui grande concentração de cavernas e sítios arqueológicos, além de abrigar diversas espécies de aves em seus fragmentos de mata primária e lagoas cársticas.
A unidade de conservação conta também com um Centro de Educação Ambiental, conhecido como “museu do Corumbá”, que abriga um grande acervo histórico da região, com peças paleontológicas e arqueológicas. O local também é utilizado para atividades de educação ambiental. A Estação possui, ainda, estrutura para recebimento e hospedagem de pesquisadores.
Para a gerente da Estação Ecológica de Corumbá e Coordenadora do Núcleo de Biodiversidade do IEF no Centro-Oeste, Yustane Lerissa Veiga Lopes, a comemoração desses 50 anos é um marco do trabalho desenvolvido por todos que passaram pela gestão da unidade de conservação. “Hoje colhemos os frutos do trabalho iniciado por outros gestores. A gestão de uma UC é sempre um desafio, mas também um trabalho gratificante”, destacou.
Os antigos gestores da Estação Ecológica receberam, durante as celebrações, uma homenagem pelo trabalho realizado. As comemorações contaram, ainda, com uma visita guiada ao acervo arqueológico da estação e o plantio de mudas. Além dos servidores do IEF, participaram das festividades membros do Conselho Consultivo da UC, representantes do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público da Comarca de Arcos.
EE Acauã
No aniversário de 50 anos da Estação Ecológica Acauã, os objetivos da criação da unidade de conservação foram reforçados, que são proteger o ambiente natural, as espécies da flora e fauna e permitir o desenvolvimento de atividades de pesquisa e educação ambiental na região. A Estação de Acauã é fundamental para a proteção das nascentes de afluentes do Rio Araçuaí e da porção final do alto Rio Jequitinhonha, considerados como essenciais para a biodiversidade regional e para abastecimento público.
A supervisora do Regional Jequitinhonha do IEF, Eliana Piedade Alves Machado, destacou que na comemoração do cinquentenário da EE Acauã, o IEF estabeleceu como marco alusivo o lançamento do projeto “Nas trilhas da Mata”, com o propósito de despertar e mobilizar a comunidade local para o desenvolvimento de ações ambientais coordenadas, contínuas e que possam gerar valor público e contribuir para o fortalecimento da cidadania ambiental.
De acordo com a supervisora, o projeto “Nas Trilhas da Mata” será utilizado como marco referencial para dar largada em outros projetos nos próximos 50 anos da unidade de conservação. “O compromisso da restauração florestal, da recuperação de passivos ambientais, do consumo consciente, da valorização das áreas protegidas, da integração e gestão territorial fazem parte desse legado”, ressaltou.
Para a execução das ações e projetos foram firmados termos de parcerias entre o IEF, a Emater, o Ministério Público por meio da Promotoria de Justiça de Turmalina, o Grupo Emília Cordeiro, Grupo Ferroreste e Aperam Bioenergia Ltda.
A Estação Ecológica de Acauã existe desde 23 de setembro de 1974 e possui uma área de 5.195,77 hectares, abrangendo os municípios de Minas Novas e Turmalina. Está localizada em áreas de transição entre os biomas Cerrado, Floresta Atlântica e Caatinga.
Os estudos sobre a fauna da EE de Acauã abrangeram análises sobre anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Já foram registradas 60 espécies de répteis e 40 espécies de anfíbios conhecidas na região.
Fonte e foto: IEF