O projeto “Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal – Patrimônio Cultural Brasileiro e da Humanidade” promoverá dois importantes fóruns de escuta e discussão nas microrregiões de Diamantina e Serro.
Agendados para 6 e 7/5, respectivamente, esses encontros têm como objetivo destacar o valor cultural e econômico do Queijo Minas Artesanal, que teve seus modos de fazer reconhecidos como um patrimônio cultural e imaterial do estado, do país e, agora, da humanidade pela Unesco.
Produtores e outros agentes de patrimônio terão a oportunidade de debater sobre pontos fortes e dificuldades que acompanham o dia a dia de quem produz esse patrimônio, fortalecendo sua preservação e valorização. A participação nos fóruns é gratuita e não requer inscrição prévia, proporcionando um espaço acessível para a comunidade.
Em Diamantina, o fórum será realizado na Churrascaria Pau de Fruta, em 6 de maio, das 17h às 19h30, em parceria com a Associação dos Produtores de Queijos da Região de Diamantina (Aprodia). A microrregião de mesmo nome entrou recentemente no cenário da produção do Queijo Minas Artesanal, sendo reconhecida em 2020 pela Emater-MG. A microrregião de Diamantina possui uma diversidade de produtores e mantém um legado cultural que agrega nove municípios. A produção é caracterizada pelo respeito às particularidades de cada propriedade, resultando em queijos com sabores distintos, que refletem o terroir único, um aspecto que tem atraído cada vez mais atenção e interesse.
No dia 7, ocorre o fórum de escuta no Serro, no auditório da Fazenda-Escola Presidente João Pinheiro, às 16h30. Além de debater sobre os modos de fazer o queijo, o evento contará com a divulgação do resultado do 2° Concurso Regional da Qualidade do Leite da Microrregião do Serro. Esse fórum tem parceria com a Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro (APAQS) e representa uma oportunidade valiosa de união e fortalecimento entre produtores.
O Serro é considerado o berço da produção do Queijo Minas Artesanal, com mais de 300 anos de tradição. Os produtores de queijo deste território são verdadeiros guardiões de técnicas transmitidas de geração em geração, combinando conhecimento ancestral, adaptabilidade e um profundo respeito pela natureza, o que resulta em queijos de qualidade excepcional e reconhecida singularidade.
Gabriela Santoro, diretora-presidente do Instituto Periférico, instituição realizadora do projeto, ressalta a importância dessas ações: “buscamos valorizar, por meio dos fóruns, as técnicas que envolvem a produção do Queijo Minas Artesanal, enaltecendo os saberes seculares presentes na nossa cultura alimentar. Os fóruns representam uma oportunidade para todos os interessados neste bem cultural e a participação das comunidades é essencial para o sucesso dessa iniciativa, que visa promover e preservar a rica tradição do estado de Minas Gerais”.
O presidente da Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro (APACS), José Ricardo Ozólio, também enfatizou a importância dos fóruns: “a realização deste fórum é uma importante mostra sobre a atenção das instituições envolvidas com relação aos problemas e demandas do produtor rural. Tenho certeza de que, a partir deste encontro, conheceremos nossa realidade e poderemos avançar juntos, criando condições para melhorar a qualidade do nosso queijo e a vida dos nossos produtores”.
Para o coordenador Regional da Emater-MG, José Aparecido Martins da Silva, o fórum de escuta e discussão é um momento oportuno para ouvir os anseios daqueles que, diariamente, “transformam leite em arte”, dando origem a este produto singular. “Os produtores envolvidos nesta cadeia produtiva mantêm um modo de fazer único que atravessa gerações e que hoje é reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade. Essa parceria entre o Instituto Periférico, a Emater-MG, o Ministério Público e os produtores rurais cria uma conexão e interlocução entre os elos da cadeia produtiva, buscando avanços para a produção queijeira da nossa região.”
Os fóruns têm como principal objetivo fortalecer a política de patrimônio cultural já desenvolvida em nível federal pelo Iphan e estadual pelo Iepha-MG. De forma inclusiva, esses encontros buscam ouvir experiências e desafios dos produtores locais, valorizando a identidade cultural das microrregiões. Essa troca de saberes entre os envolvidos fomentará um ambiente colaborativo que potencializa o desenvolvimento econômico da produção queijeira.
Somente no em março e abril de 2025, o projeto “Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal – Patrimônio Cultural Brasileiro e da Humanidade” já realizou quatro fóruns, na microrregiões de Entre Serras da Piedade ao Caraça, Cerrado, Serra do Salitre e Triângulo Mineiro, promovendo debates enriquecedores com muitos atores envolvidos na cadeia produtiva do Queijo Minas Artesanal.
O projeto é uma realização do Instituto Periférico a partir de recursos contemplados via Plataforma Semente | Cemais por meio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo). Em cada microrregião, parceiros locais fortalecem o projeto.
Próximos fóruns:
Microrregião: Diamantina
Município: Diamantina
Data: 6/5, terça-feira
Horário: 17h – 19h30
Local: Churrascaria Pau de Fruta – BR 367, KM 595 – Alto do Guinda, S/Nº
Microrregião: Serro
Município selecionado para a ação: Serro
Data: 7/5, quarta-feira
Horário: 16h30 – 18h30
Local: Auditório da Fazenda-Escola Presidente João Pinheiro – Bairro Lages (Cooperativa dos Produtores Rurais do Serro)
Assessoria de Imprensa Instituto Periférico com informações e foto: Emater