O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) ao Ministério Público de São Paulo, foi assassinado por volta das 16h de sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O crime ocorreu no Terminal 2, na área de desembarque, e foi registrado por câmeras de segurança.
Segundo informações da Polícia Civil, a execução foi realizada por dois indivíduos a bordo de um Gol preto, que estacionou em frente a um ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Os criminosos dispararam vários tiros de fuzil contra Gritzbach, que não resistiu aos ferimentos. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a vítima já estava sem vida ao chegar ao local.
Após o ataque, o veículo foi encontrado em uma comunidade próxima a Guarulhos. Dentro do carro, a polícia encontrou munições de fuzil e um colete à prova de balas. Além disso, um outro tiroteio foi registrado nas imediações do aeroporto, perto do Hotel Pullman, mas as circunstâncias desse incidente ainda estão sendo investigadas.
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, de 42 anos, era um empresário envolvido em negócios de criptomoedas e réu em diversos processos relacionados a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Recentemente, ele havia firmado um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público, no qual entregou esquemas de lavagem de dinheiro do PCC e revelou esquemas de corrupção policial. O empresário também estava envolvido em investigações sobre o tráfico de drogas e lavagem de mais de R$ 30 milhões.
De acordo com o MP, Gritzbach participou de tribunais do crime do PCC, onde se discutia a execução de membros da facção. Ele também teria mandado matar dois integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, em 2021. Gritzbach era réu por esses crimes.
Além da execução do empresário, o ataque deixou três pessoas feridas: dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada do aeroporto no momento dos disparos. Os três foram socorridos em estado grave.
O Ministério Público afirmou que ofereceu proteção ao empresário, mas ele recusou a segurança. A defesa de Gritzbach declarou que aguardará o fim das investigações para se manifestar oficialmente.
A Polícia Civil, responsável pela investigação por ocorrer na área externa do aeroporto, segue apurando o caso. As investigações estão a cargo do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (DEATUR). Até o momento, os suspeitos seguem foragidos.
Fonte e foto: Divulgação