Luciano Serrinha Craveiro, proprietário da empresa Guardiões Resgate, foi novamente denunciado pelo Ministério Público após sua ambulância se envolver em um grave acidente na BR-040, em Santos Dumont, que resultou na morte de cinco pessoas. A nova denúncia, que traz à tona diversas irregularidades, pede uma multa de R$ 3,3 milhões e acusa o empresário de improbidade administrativa.
Anteriormente, em abril, Craveiro já havia sido denunciado por homicídio com dolo eventual devido à tragédia, processo que ainda está em andamento. A nova ação do Ministério Público foca em falhas na gestão da empresa e nas condições da ambulância envolvida no acidente. As acusações incluem a condução do veículo por motoristas sem habilitação, a falta de requisitos legais para os condutores e o fato de Craveiro ter dirigido o veículo sem a devida autorização. Além disso, a ambulância transportava pacientes do SUS com equipe incompleta e em condições precárias, e a empresa teria feito declarações falsas sobre o transporte dos pacientes.
A ação de improbidade administrativa, que visa proteger o patrimônio público, também implica em um pedido de ressarcimento de R$ 3,3 milhões, além da proibição de o empresário firmar novos contratos com a administração pública. A Polícia Civil indiciou Craveiro por negligência, após verificar que a ambulância envolvida no acidente estava sem licenciamento, com pneus carecas e em péssimas condições de manutenção.
Após o acidente, a Guardiões Resgate foi interditada devido à falta de responsáveis técnicos e a constatação de várias irregularidades, como o uso inadequado de produtos de limpeza domésticos, a falta de controle de temperatura no almoxarifado e a ausência de registros de manutenção dos veículos.
O trágico acidente ocorreu quando a ambulância transportava Maiara de Freitas Cunha, de 27 anos, grávida de 32 semanas, que voltava de uma consulta médica. Ela e seu marido, Marcelo Conceição do Santos, de 39 anos, não resistiram aos ferimentos. O motorista da ambulância, Leonardo Luiz Neves da Silva, a enfermeira Alessandra Chagas Motta e a médica Daniela Moraes Miranda Reis faleceram no local.
As investigações continuam, com as autoridades apurando todas as responsabilidades sobre o caso.
Fonte e foto: Redes Sociais