A data de 11 de abril marca o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, instituído pela Organização Mundial da Saúde em 1998 com o propósito de ampliar o conhecimento sobre a enfermidade, divulgar possibilidades de tratamento e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes e suas famílias. A doença foi descrita pela primeira vez em 1817 por James Parkinson, em seu trabalho “Ensaio sobre a Paralisia Agitante”, no qual detalhou os principais sintomas motores da condição.
Caracterizada por tremores em repouso, rigidez muscular, lentidão de movimentos e instabilidade postural, a Doença de Parkinson também apresenta sintomas não motores, como distúrbios do sono, redução do olfato, alterações intestinais e depressão.
Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que cerca de 1% da população mundial acima dos 65 anos convive com a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas tenham o diagnóstico. José Roberto, economista aposentado, compartilha sua experiência após notar dificuldade para realizar tarefas simples, como abotoar a calça, além de apresentar rigidez e perda do olfato.
Embora ainda não exista cura, o tratamento evoluiu com diversas opções oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme previsto na Portaria nº 228, de 10 de maio de 2010. Entre os medicamentos disponíveis estão Levodopa/carbidopa, Pramipexol e Selegilina, fornecidos gratuitamente por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais.
Além da medicação, pacientes podem recorrer a terapias complementares como fisioterapia, fonoaudiologia e suporte psicológico nos Centros Especializados em Reabilitação. Moacyr Faustino, secretário da Associação Brasil Parkinson, destacou a importância da data e informou que, neste sábado, atividades de conscientização ocorrerão no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, com oficinas, exposições e apresentações culturais realizadas por pessoas com Parkinson.
Por Eduardo Souza
Com informações: Biblioteca Virtual em Saúde/Ministério da Saúde