Após seis meses de intensos trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha chega ao fim nesta terça-feira (2/7) com a votação do relatório final. Ao longo de 15 reuniões, dezenas de requerimentos, 11 visitas técnicas e oitivas, os vereadores elaboraram um documento de mais de 650 páginas. A CPI identificou um ciclo vicioso nas contratações de empresas que não cumpriram os objetivos dos contratos, resultando em um gasto de R$ 1,4 bilhão nos últimos 20 anos. O relatório final recomenda o indiciamento de políticos e servidores envolvidos em decisões consideradas ineficazes para a limpeza da lagoa.
O relator da CPI, Braulio Lara (Novo), enfatizou a importância do trabalho da comissão, destacando que o relatório busca ser um marco para que autoridades revejam suas condutas na gestão da Lagoa da Pampulha. Ele ressaltou que a sociedade espera mudanças significativas após as conclusões apresentadas pela CPI.
Sérgio Fernando de Pinho Tavares (MDB), presidente da CPI, relembrou os esforços da comissão ao longo do processo investigativo. Foram ouvidos servidores públicos e realizadas visitas técnicas aos córregos que deságuam na lagoa. Tavares destacou o trabalho da Estação de Tratamento de Águas Fluviais da Pampulha (ETAF), enfatizando a necessidade de ampliar esses equipamentos para outros córregos da região, a fim de combater efetivamente a poluição na área.
O relatório final da CPI da Lagoa da Pampulha estará disponível para consulta pública e votação no Plenário Helvécio Arantes, a partir das 9h30.
Fonte e fotos: Câmara Municipal Belo Horizonte.