O mundo acompanha atônito o estado crítico de saúde do Papa Francisco. Internado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli de Roma, o Pontífice apresentou oscilações em seu estado de saúde. Ora os boletins dão conta de leve melhora, ora seu quadro se agrava. Em momentos como esse, a fé católica se une em oração pelo pleno restabelecimento do Pontífice.
Por outro lado, surge a pergunta: quem é o Papa Francisco? Dessa questão primária, surgem outras: quais são suas origens e como ele chegou ao papado? O presente texto tem como objetivo apresentar rapidamente um pouco de sua trajetória, desde seu nascimento até a sua ascensão à direção da Igreja Católica.
Nascimento
Jorge Mario Bergoglio nasceu numa família de imigrantes italianos. Seu pai, Mario Giuseppe Bergoglio Vasallo, nasceu em Portacomaro no dia 2 de abril de 1908 e faleceu em 1959. Ele era um trabalhador ferroviário. Sua mãe, Regina Maria Sivori Gogna, nasceu em Buenos Aires no dia 28 de novembro de 1911, filha de pais genoveses, e faleceu em 8 de janeiro de 1981. Ela era dona de casa.
Nascido e criado no bairro de Flores, atualmente sede do San Lorenzo, o Papa Francisco é o mais velho de cinco filhos.
Juventude
Na juventude, Jorge Mario Bergoglio enfrentou uma doença respiratória que resultou na perda de um pulmão após uma operação. Durante a adolescência, ele teve uma namorada chamada Amalia. Segundo ela, Bergoglio chegou a pedi-la em casamento na época, tendo afirmado que, caso contrário, se tornaria padre.
Início da vida religiosa
Jorge Mario Bergoglio ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em março de 1958. Ele completou o juniorado em Santiago, Chile, e se graduou em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos de 1964 e 1966, Bergoglio ensinou Literatura e Psicologia no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires.
Bergoglio continuou seus estudos e se graduou em Teologia em 1969. Ele recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano, marcando o início de seu ministério sacerdotal.
Episcopado
Em 20 de maio de 1992, o Papa João Paulo II nomeou Jorge Mario Bergoglio como bispo auxiliar de Buenos Aires, com a sé titular de Auca (Aucensi). Sua ordenação episcopal ocorreu em 27 de junho de 1992, realizada pelo cardeal Quarracino, Dom Emilio Ogñénovich e Dom Ubaldo Calabresi.
No dia 3 de junho de 1997, Bergoglio foi nomeado arcebispo coadjutor de Buenos Aires e, em 28 de fevereiro de 1998, tornou-se arcebispo metropolitano de Buenos Aires.
Além disso, em 30 de novembro de 1998, o Papa João Paulo II nomeou Bergoglio como ordinário para os fiéis de rito oriental sem ordinário próprio na Argentina.
Ascensão ao cardealato
Jorge Mario Bergoglio foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público de 2001, ocorrido em 21 de fevereiro de 2001, presidido pelo Papa João Paulo II. Ele recebeu o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino. Durante sua nomeação, Bergoglio demonstrou seu compromisso com a simplicidade e a humildade, convencendo centenas de argentinos a não viajarem para Roma para a cerimônia.
Ascenção ao papado
Em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave, o cardeal Jorge Mario Bergoglio foi escolhido como Papa, adotando o nome de Francisco. Ele se tornou o primeiro jesuíta a ocupar o cargo de pontífice, além de ser o primeiro Papa oriundo do continente americano e do Hemisfério Sul. É também o primeiro Papa não europeu a ser nomeado bispo de Roma em mais de 1.200 anos, desde o Papa Gregório III, que nasceu na Síria e liderou a Igreja Católica entre 731 e 741.
A trajetória de Papa Francisco é marcada por sua dedicação à justiça social, humildade e compromisso com os pobres. Sua liderança tem sido caracterizada por reformas e esforços para aproximar a Igreja das pessoas. Em momentos de crise, como o atual, a fé católica se une em oração pelo seu restabelecimento, reconhecendo a importância de sua figura para a Igreja e o mundo.
Por Eduardo Souza
Com informações: Wikipédia
Foto: Vaticano News