A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) buscando reverter a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade. A solicitação foi encaminhada ao ministro Gilmar Mendes, responsável por decisões anteriores que asseguraram a permanência de Ednaldo no cargo.
Ainda na quinta-feira, 15 de maio, o desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), decidiu afastar Ednaldo Rodrigues da função e nomeou Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, como interventor. Sarney também foi o autor do pedido que motivou o afastamento. O magistrado fundamentou sua decisão na suspeita de falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, ex-vice-presidente da CBF, em um acordo que havia sido homologado pelo STF.
A medida anulou o acordo firmado entre a CBF, cinco dirigentes da entidade e a Federação Mineira de Futebol (FMF), homologado por Gilmar Mendes em fevereiro deste ano, que buscava encerrar disputas judiciais relacionadas à eleição de Ednaldo. Na semana anterior, o próprio Gilmar já havia determinado que o TJ-RJ investigasse a suposta irregularidade na assinatura de Nunes, embora tenha negado o afastamento de Ednaldo naquele momento.
Em 2022, a CBF firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, que previa nova eleição para o comando da entidade. Ednaldo saiu vitorioso desse pleito. No entanto, em dezembro de 2023, a 21ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ anulou o acordo por considerá-lo ilegal, atendendo a um pedido de ex-dirigentes que perderam cargos após a implementação do TAC.
Por: Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: Lucas Figueiredo/CBF