O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu, na Justiça, a condenação de dois réus pelo homicídio de um homem ocorrido no ano de 2021. A vítima era casada com uma das pessoas envolvidas no crime. Conforme a decisão judicial, a mulher recebeu pena de 17 anos de reclusão, enquanto o homem, seu amante, foi sentenciado a 14 anos. Ambos deverão cumprir a pena em regime fechado.
As apurações apontaram que o crime foi previamente articulado entre os dois condenados. Na noite em que o homicídio ocorreu, a mulher teria deixado aberta a janela do quarto onde seu esposo dormia, permitindo a entrada do amante, que residia em um barracão nos fundos do mesmo imóvel. O agressor entrou no cômodo e assassinou a vítima. Após o crime, o corpo foi queimado e levado a um local isolado, distante da casa. Além disso, os rastros do crime foram eliminados antes da chegada dos peritos.
Em um primeiro momento, a mulher denunciou o suposto desaparecimento do marido às autoridades, tentando dissimular a autoria do fato. No entanto, a investigação descartou essa versão e passou a tratar o caso como homicídio. A perícia constatou vestígios de sangue no quarto, e exames técnicos confirmaram que o corpo carbonizado encontrado posteriormente pertencia à vítima.
Durante julgamento no Tribunal do Júri, os dois réus foram condenados por homicídio qualificado — praticado por motivo fútil e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima —, além do crime de ocultação de cadáver. A mulher também foi responsabilizada por falsidade ideológica, por ter mentido à polícia ao registrar o desaparecimento. A Justiça negou a ambos o direito de recorrer em liberdade.
Por Eduardo Souza
Com informações: Ministério Público de Minas Gerais
Foto: Divulgação/TJMG