Os gravadores de voo do jato Embraer 190 de matrícula 4K-AZ65, que caiu no último dia 25 de dezembro próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão, chegam a Brasília nesta terça-feira (31). Conhecidos como “caixas-pretas”, os gravadores são do tipo Cockpit Voice and Flight Data Recorder (CVFDR), e serão analisados no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), na capital federal.
A Força Aérea Brasileira (FAB) não divulgou o horário exato da chegada do material, que passará por um rigoroso processo de perícia. O Cenipa é o órgão brasileiro responsável pela investigação de acidentes aeronáuticos e atua como representante acreditado para aeronaves produzidas pela Embraer. Além dos técnicos brasileiros, investigadores do Cazaquistão, do Azerbaijão e da Rússia também estarão envolvidos na degravação dos dados.
O jato da Embraer, que pertencia à frota comercial da companhia Azerbaijan Airlines, estava a caminho de Grozny, na Chechênia, a partir de Baku, no Azerbaijão, com 67 pessoas a bordo, incluindo cinco tripulantes. Durante o voo, a aeronave desviou de sua rota original e caiu do lado oposto do Mar Cáspio. De acordo com agências internacionais, o jato teria sido atingido por defesas antiaéreas russas que estavam atacando drones ucranianos.
Conforme nota da FAB, “ao término dos trabalhos, os dados extraídos serão entregues à Autoridade de Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Cazaquistão, agência responsável pela análise e investigação do acidente, conforme os protocolos internacionais de investigação de acidentes aeronáuticos.”
Com as informações da Agência Brasil
Foto: Divulgação/Cettrans Cascavel