Em 2023, o Brasil registrou 21,6 milhões de lares enfrentando algum nível de insegurança alimentar, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desses, 7,4 milhões viviam em condições moderadas ou graves, com redução na quantidade de alimentos consumidos ou interrupções nos padrões alimentares.
Este cenário representa um desafio significativo para os prefeitos e vereadores que assumirão seus cargos em 1º de janeiro de 2025. A Ação da Cidadania, uma das principais ONGs no combate à fome no país, fundada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, destaca a importância da atuação local na luta contra a insegurança alimentar.
Kiko Afonso, diretor executivo da Ação da Cidadania, enfatiza o papel crucial dos vereadores e prefeitos nesse contexto. Segundo Afonso, os vereadores são responsáveis por aprovar a criação de conselhos de Segurança Alimentar e garantir a alocação de recursos, além de elaborar legislações específicas para enfrentar a fome. A atuação das prefeituras também é fundamental, pois sem o engajamento local, muitos programas federais e estaduais não conseguem chegar efetivamente à população necessitada.
Afonso reforça que, embora os governos federal e estadual possam oferecer recursos e apoio político, a implementação bem-sucedida desses programas depende em grande parte do envolvimento e da eficiência das administrações municipais.
Fonte e fotos: Agência Brasil.