O Brasil enfrenta uma grave crise de queimadas e incêndios florestais, com 11,39 milhões de hectares afetados de janeiro a agosto de 2024, segundo o Monitor do Fogo Mapbiomas. Em agosto, cerca de 5,65 milhões de hectares foram devastados, um número alarmante que representa quase metade do total do ano. Este cenário acendeu um alerta sobre os riscos para a saúde pública, especialmente em relação ao câncer.
A epidemiologista Ubirani Otero, chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Instituto Nacional de Câncer (Inca), expressou sua preocupação com os impactos da fumaça das queimadas. Em entrevista à Agência Brasil, Otero destacou que a exposição prolongada à fumaça, rica em compostos químicos cancerígenos como monóxido de carbono e metais pesados, pode resultar em um aumento significativo de casos de câncer respiratório no futuro. “A melhor prevenção é a eliminação da exposição”, afirmou a especialista.
Em resposta à crise, uma reunião dos chefes dos Três Poderes da República foi convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir medidas urgentes. O governo já havia criado uma sala de situação preventiva para lidar com a seca e o combate a incêndios, especialmente nas regiões do Pantanal e da Amazônia, visando mitigar os danos e prevenir futuras ocorrências.
Fonte e fotos: Agência Brasil