O Brasil brilhou na 16ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), realizada entre os dias 25 e 29 de novembro na Costa Rica, conquistando quatro medalhas de ouro e uma de bronze. A delegação brasileira foi composta pelos estudantes Larissa Midori, Lucas Praça, Filipe Ya Hu e Luca Pimenta, que levaram o ouro, e Arthur Gurjão, que garantiu a medalha de bronze. Luca Pimenta ainda obteve a segunda maior pontuação geral da competição, destacando-se como um dos principais nomes do evento.
A equipe brasileira foi acompanhada pelos professores Julio Klafke, Fellipy Silva e Heliomarzio, e a conquista foi comemorada como uma grande vitória para os estudantes, que se dedicaram intensamente durante todo o ano. Para o professor Júlio Klafke, líder da delegação, as medalhas são um reflexo do empenho e da paixão dos alunos pela astronomia. “Todos eles se prepararam o ano inteiro com muita dedicação e entusiasmo. Estamos orgulhosos”, disse o professor.
Luca Pimenta: sonho realizado
Luca Pimenta, estudante de 16 anos do Colégio Etapa de Valinhos, no interior de São Paulo, expressou sua felicidade ao conquistar a medalha de ouro e o segundo lugar geral na competição. Apaixonado por astronomia desde a infância, Luca viu na olimpíada uma oportunidade única de explorar a teoria e a matemática por trás dos fenômenos astronômicos. “Conseguir a medalha e o segundo lugar é um sonho realizado desde a infância. Ter uma premiação em competição internacional é algo que pesa bastante de forma positiva no currículo. Como um dos meus sonhos é passar numa universidade fora do Brasil, isso pesa bastante”, afirmou o jovem.
Competição com países latinos
Na 16ª edição da OLAA, estudantes de diversos países latino-americanos, como Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, disputaram provas teóricas e práticas de astronomia e astronáutica. As provas incluem questões individuais e em grupo, testes de observação astronômica e desafios como o lançamento de foguetes de garrafas PET.
Seleção Brasileira
Os estudantes brasileiros que competem na OLAA ou na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica (IOAA) são selecionados por meio de sua performance na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Para participar da OLAA, os alunos precisam alcançar a pontuação mínima no nível 4 da OBA do ano anterior e, em seguida, passam por uma série de provas e treinamentos online e presenciais até a escolha final da equipe que irá representar o Brasil.
A OBA é organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e recebe apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de contar com o apoio de figuras como os deputados federais Tabata Amaral, André Janones e Vitor Lippi, o senador Marcos Pontes e várias universidades e organizações de ensino.
Sobre a OLAA
Fundada em 2008 em Montevidéu, Uruguai, a OLAA é um evento que visa popularizar a astronomia e a astronáutica na América Latina e promover a colaboração entre países da região. O evento tem como objetivo valorizar os talentos mais destacados entre os estudantes latino-americanos, incentivando o desenvolvimento científico e a troca de conhecimentos entre os participantes.
Com um total de quatro medalhas de ouro e uma de bronze, o Brasil se consolidou como uma das principais potências na competição, reafirmando seu compromisso com a educação científica e o fomento à paixão pela astronomia entre os jovens.
Fonte: Agência Brasil
Fotos: OLAA / Divulgação