O turismo em Unidades de Conservação (UCs) no Brasil tem se consolidado como uma estratégia de desenvolvimento sustentável, ao aliar preservação ambiental, geração de renda, educação ambiental e valorização das comunidades locais. Em 2024, o país registrou 25,5 milhões de visitantes em áreas protegidas, um novo recorde que destaca o crescente interesse pelo turismo de natureza.
De acordo com dados do monitoramento da visitação, os parques nacionais lideraram o ranking, com 12,5 milhões de visitantes em 61 unidades. Em seguida, as áreas de proteção ambiental receberam 11,2 milhões de pessoas, enquanto as reservas extrativistas contabilizaram 1,3 milhão de visitantes. As florestas nacionais também tiveram destaque, com 362,9 mil visitantes em 34 unidades monitoradas.
“Essa demanda reafirma o compromisso do Ministério do Turismo em fornecer infraestrutura adequada ao visitante, bem como garantir o controle de impacto ambiental nesses locais”, afirmou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Investimentos em infraestrutura e valorização das comunidades
O aumento da visitação tem impulsionado investimentos em infraestrutura turística nas UCs. Um exemplo é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, recentemente reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. Dois editais lançados pelo Ministério do Turismo visam:
- Melhorar a mobilidade e segurança dos visitantes (com sinalização e mapeamento de trilhas);
- Elaborar projetos de engenharia e arquitetura para portais de acesso com estrutura turística (bilheteria, banheiros, controle de acesso, etc.).
Outro exemplo é a Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo (RJ), que recebeu 576,9 mil turistas apenas em 2024. A unidade é referência em turismo ecológico e mantém viva a cultura tradicional da pesca artesanal, atraindo visitantes com suas águas azul-turquesa e paisagens naturais.
Além disso, estão em andamento projetos de estruturação da visitação em unidades como a Floresta Nacional de Ipanema (SP) e a Floresta Nacional de Passa Quatro (MG). Os projetos preveem serviços como campings, glampings, hospedagem e venda de produtos locais, com foco no turismo sustentável e de experiência.
Parcerias e ações interministeriais
A promoção do turismo em áreas protegidas também passa por parcerias institucionais. Uma das principais ações é o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Ministério do Turismo, o Ministério do Meio Ambiente, o ICMBio e a Embratur, que prevê:
- Fomento ao turismo ecológico e sustentável;
- Valorização das comunidades locais;
- Geração de emprego e renda;
- Preservação e educação ambiental;
- Desenvolvimento de políticas integradas voltadas ao turismo nacional e internacional.
Por Leonardo Souza
Com as informações: Ministério do Turismo
Foto: Antônio Milena / Agência Brasil