O Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, dia 14 de abril, em Brasília, indicou aumento na previsão de crescimento da economia brasileira para 2025, passando de 1,97% para 1,98%. A publicação semanal, elaborada pelo Banco Central com base nas projeções de instituições financeiras, também ajustou a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2026, de 1,6% para 1,61%. Para os anos de 2027 e 2028, a estimativa permanece em 2% de expansão.
Em relação ao desempenho registrado em 2024, o crescimento econômico foi de 3,4%, o que representa o quarto ano consecutivo de avanço e o melhor resultado desde 2021, quando o PIB subiu 4,8%.
Quanto ao câmbio, o dólar é projetado para encerrar 2024 cotado a R$ 5,90. Para o final de 2026, a expectativa é que a moeda norte-americana atinja R$ 5,97.
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, foi mantida em 5,65% para 2025. Para os anos seguintes, o mercado estima 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,79% em 2028. A estimativa para 2025 está acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, estabelecendo o limite superior em 4,5%.
Em março, a inflação foi de 0,56%, impulsionada principalmente pelos alimentos. Apesar disso, o IPCA apresentou desaceleração em comparação a fevereiro, quando havia registrado 1,31%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 5,48%, conforme dados do IBGE.
A taxa básica de juros, a Selic, está atualmente em 14,25% ao ano, após mais uma elevação de um ponto percentual na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom), completando cinco aumentos consecutivos. O objetivo é conter o consumo aquecido e reduzir a inflação, embora juros elevados possam impactar negativamente o ritmo de crescimento econômico.
O Copom sinalizou que uma nova alta da Selic, com menor intensidade, deve ocorrer na reunião de maio. A taxa pode atingir 15% até o fim de 2025, conforme projeções de mercado. Para os anos seguintes, a expectativa é de recuos graduais: 12,5% ao ano em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Por Eduardo Souza
Com informações: Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo