O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 122,1 milhões em crédito para capital de giro a mais quatro empresas gaúchas, de diferentes setores. As operações fazem parte do programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, focado em ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e retomada das atividades econômicas no estado.
As operações aprovadas são destinadas a empresas com sedes ou filiais afetadas pelas fortes chuvas e com perdas materiais comprovadas. Como contrapartida, precisam manter os postos de trabalho nas unidades apoiadas pelo crédito, preservando a geração de renda.
“O crédito para capital de giro é fundamental para que as empresas gaúchas consigam cobrir gastos extraordinários e com a manutenção de empregos, pagamento de salários, renovação de estoques e quitação de compromissos com fornecedores. Por determinação do governo do presidente Lula, a reconstrução do Rio Grande do Sul tem sido uma prioridade do BNDES. Nesse sentido, já liberamos R$ 8,4 bilhões para empresários e empreendedores gaúchos com essa finalidade”, afirma o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.
A Rampinelli Alimentos, que atua em armazenagem, beneficiamento e comercialização de diversos tipos de arroz, além de biscoitos, farinhas e outros derivados de arroz, obteve R$ 40 milhões. A empresa teve três unidades inundadas, duas em Eldorado do Sul e uma em Triunfo, com interrupção total de operação, bloqueio total de acesso e falta de energia. Foram afetados pavilhões, silos, galpões, subestações, casas, refeitórios, alojamentos e escritórios.
Já a Saque e Pague, que disponibiliza terminais integrados de autoatendimento para clientes de bancos, financeiras, casas de câmbio e operadoras de telefonia, recebeu crédito de R$ 37,1 milhões. A empresa teve 119 equipamentos do tipo “caixa rápido” alagados e outros treze foram retirados por contingência, o que gerou custos adicionais. Também houve perda de dinheiro em espécie e vários terminais ficaram indisponíveis para realizar transações. Além disso, as duas instalações da empresa, em Porto Alegre, ficaram alagadas.
Outra empresa que teve crédito aprovado foi a Solar Comércio e Agroindústria, que obteve financiamento de R$ 25 milhões para a recuperação de quatro unidades das Lojas Solar, nos munícipios de Arroio do Meio, Encantado, Roca Sales e São Sebastião do Caí, além de um centro distribuição da produtora e exportadora de ovos Naturovos, localizado em Porto Alegre. Com os alagamentos, houve prejuízos com infraestrutura e estoque de mercadorias, perda de faturamento na produção e exportação de ovos, além de cancelamento de pedidos de materiais de construção, móveis e eletrodomésticos por clientes das lojas.
Também foi aprovado crédito emergencial de R$ 20 milhões para a Br Supply, do segmento de suprimentos corporativos como: itens de escritório e papelaria; equipamentos e eletrônicos (como suprimentos eletrônicos e de informática), higiene e limpeza, descartáveis e utensílios, entre outros. O Centro de Distribuição, situado na cidade de São Leopoldo, foi fortemente afetado pelas enchentes, causando prejuízos na estrutura física e em máquinas e equipamentos, perda de estoques e redução no faturamento por conta do fechamento da unidade por mais de 20 dias.
O programa – Os financiamentos foram aprovados diretamente pelo Banco no âmbito do programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, que apoia ações de enfrentamento às consequências socioeconômicas nos municípios atingidos pela catástrofe ambiental e com estado de calamidade pública reconhecido.
O BNDES já aprovou R$ 8,4 bilhões para capital de giro a empresas do estado, além de R$ 1,8 bilhão para compra de máquinas e equipamentos e outros R$ 279 milhões para investimento e reconstrução. A suspensão de pagamentos de dívidas chega a R$ 3,1 bilhões em 50,4 mil operações. Já em garantias são R$ 2,5 bilhões em 3.021 operações.
Fonte e foto: Gov.com