Neste mês, o Banco Central inicia a segunda etapa de testes do Drex, na qual instituições financeiras apresentarão aplicações práticas para a moeda digital. Na fase anterior, o desenvolvimento de contratos ficou restrito ao Banco Central. Com isso, essa nova etapa de testes permitirá também o amadurecimento da governança da prestação de serviços de terceiros.
Privacidade
Ainda segundo o coordenador da Iniciativa Drex, as soluções tecnológicas de privacidade testadas até o momento, apesar da evolução ao longo do período, não demonstraram a maturidade necessária para que se possa garantir o atendimento de todos os requisitos jurídicos relacionados à preservação da privacidade e à proteção de dados pessoais. Durante a segunda fase, o Banco Central continuará prospectando soluções de privacidade como parte do escopo do piloto.
Testes com a população dependem de maiores avanços
Araujo ressaltou que o Drex apenas será testado com a população quando os requisitos de privacidade tiverem sido adequadamente resolvidos. No momento, ainda não é possível determinar quando esse obstáculo será suplantado.
“Esses são os fatores que, isoladamente, têm o maior impacto no cronograma (a privacidade e a segurança da iniciativa). O risco associado a eles já estava claro no início do projeto e faz parte da evolução de um ambiente de pesquisa e desenvolvimento que busca uma solução ainda globalmente inédita. Para esse desafio, o Banco Central tem contado com a colaboração do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e de equipes globais de pesquisa e desenvolvimento voltadas à busca dessa solução”, disse Fabio Araujo, consultor do Departamento de Operações Bancárias e de Sistemas de Pagamentos do Banco Central (Deban).
Inclusão de novos participantes
Para ampliar a discussão sobre casos de uso no Piloto, o Banco Central, ao longo do terceiro trimestre de 2024, convocará a sociedade para o envio de novas propostas de participação no Piloto Drex. Os candidatos deverão submeter novos casos de uso para a implementação própria de smart contracts na rede do Piloto Drex. Os selecionados deverão desenvolver os seus smart contracts até o fim do primeiro semestre de 2025.
Fonte: Banco Central
Foto: Divulgação / Banco Central