Apesar da experiência na Copa do Mundo do Catar e do título olímpico em Tóquio 2020, o atacante Antony, hoje com 25 anos, vive a nova convocação para a Seleção Brasileira com a emoção de um estreante. Revelado pelo São Paulo, o jogador que brilhou no Ajax e enfrentou dificuldades no Manchester United, reencontrou o bom futebol no Real Betis, onde se tornou peça chave na campanha do clube até a final da UEFA Conference League.
“Foi mais emocionante do que minha primeira vez que vim aqui e (foi) ainda mais emocionante por tudo que eu passei. Estar bem, bater lá embaixo e ter a resiliência que eu tive com a ajuda de Deus e da minha família, foi muito importnte”, contou o atacante em entrevista à CBF TV.
Superação e maturidade
Após um início promissor na Europa, Antony passou por um período de instabilidade na Inglaterra, com críticas e pouca sequência no United. No entanto, ao aceitar o desafio no futebol espanhol, reencontrou sua confiança. Em 26 jogos pelo Betis, marcou 9 gols e deu 5 assistências, recuperando o protagonismo que o levou à Seleção.
A palavra que define esse momento, segundo ele, é “resiliência”:
“Cheguei a duvidar de mim e pensava que não ia sair daquela situação. A resiliência que tive de continuar fazendo o meu trabalho, indo no clube, fazendo a minha parte, hoje olho para trás e vejo que esse processo foi necessário. Hoje me sinto uma pessoa muito mais madura, mais preparada, um pai melhor, um esposo melhor e um home melhor”, afirmou Antony, destacando sua evolução pessoal e profissional.
Gratidão ao Betis e reencontro com Ancelotti
O atacante não esconde a gratidão ao Real Betis, que apostou nele quando poucos acreditavam. “Não joguei uma Copa do Mundo à toa, eu não fui para a Seleção à toa. Tudo tem um porquê e esse processo foi muito necessário para minha vida, porque me tornou mais forte”, disse.
Na Espanha, também esteve mais próximo de Carlo Ancelotti, então treinador do Real Madrid e hoje à frente da Seleção Brasileira. “É muito gratificante, agradeço pela oportunidade, ainda mais do Ancelotti, a grandeza e a experiência que ele tem. Tive a oportunidade de estar mais perto dele jogando na Espanha e me sinto muito honrado. Para mim, é um prazer enorme estar trabalhando com ele aqui na Seleção”, celebrou.
De volta a São Paulo com a Amarelinha
Antony será uma das opções ofensivas do Brasil no duelo contra o Paraguai, nesta terça-feira (10), às 21h45, na Neo Química Arena, em São Paulo. O palco tem sabor especial para o jogador, que nasceu em Osasco e iniciou sua carreira no São Paulo Futebol Clube.
“É um jogo super importante, ainda mais jogando em casa, e eu voltando a jogar em São Paulo, minha cidade. Com certeza minha família toda vai, minha esposa, meus filhos, minha mãe, meu pai, meus irmãos, bastante gente da minha família vai. Representar eles para mim é muito gratificante. (Estou) ansioso por esse jogo, ainda mais em casa e representando o nosso povo”, concluiu.
Antony busca, agora, consolidar seu retorno à elite do futebol mundial, motivado por fé, persistência e a certeza de que, com trabalho duro, é possível reescrever sua trajetória na Seleção.
Por Redação do Jornal Panorama
Foto: Rafael Ribeiro / CBF
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