sábado, 19 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O dia 25 de julho é um marco para o mundo. A data celebra a história da mulher negra latino-americana e caribenha na conquista de novos espaços por todas as esferas da sociedade. No Brasil, pela Lei 12.987/2014, ficou estabelecido o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, que além de compartilhar dos princípios do Dia Internacional estabelecido em 1992, também tem o propósito de dar visibilidade para o papel da mulher negra na história brasileira, por meio da figura de Tereza de Benguela.

“Faróis da equidade” – é uma homenagem da Diretoria de Igualdade Racial da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) às aguerridas magistradas que lutam pelo Judiciário ainda mais plural e mais humano. É uma reflexão sobre o protagonismo da mulher negra a partir de suas jornadas de vida.

“Para mim, um dos maiores desafios da mulher negra na ocupação de espaços de poder é superar o peso da interseccionalidade de raça e gênero, além da busca efetiva por equidade na ocupação desses espaços”, disse a 3ª vice-presidente da AMMA, juíza Suely de Oliveira Santos Feitosa.

“Reflito que servi como um dos primeiros faróis de referência ante a agressividade de preconceito e intolerância. Ver nos idos de 1980 um avô desistir de entregar a neta ao então Juizado de Menores ante a confirmação de que havia chegado uma magistrada negra e de origem muito humilde que nem eles, não apenas me emocionou, mas me deu a base da confiança para em 1982 me tornar Juíza de Direito”, relembra a desembargadora aposentada do TJRS, desembargadora Laís Rogéria Alves Freitas Barbosa.

“Mulheres negras em espaço de poder com alguma frequência são alvo de estereótipos negativos que afetam sua credibilidade e autoridade. Superar esse desafio exige mudanças estruturais, políticas de inclusão, promoção da diversidade, respeito e valorização de suas vozes”, ressalta a juíza Renata do Nascimento e Silva.

“Não há como falar de equidade racial e de gênero nos espaços de poder sem considerar o protagonismo da mulher negra. A ascensão e ocupação de mulheres negras no Poder Judiciário são fundamentais para solucionar a crise de representatividade no sistema de justiça”, afirma a juíza Flávia Marciana Monteiro.

“Vivemos em desafio constante, uma luta invisível onde sempre temos nossa capacidade profissional questionada nos espaços de poder! Somos resistência e resiliência”, reafirma a juíza Renata do Carmo Evaristo Pereira.

Fonte: AMB

Foto: Divulgação / AMB

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