sexta-feira, 18 de outubro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O relatório apresentado por António Guterres, Secretário-geral das Nações Unidas (ONU) e por Celeste Saulo, Secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), demonstrou como o nível do mar na região sudeste do Oceano Pacífico está acima do esperado. De acordo com o documento, as temperaturas da superfície triplicaram mais que a média desde 1980. No mesmo período, as ondas de calor marítimo têm tido maior duração, além de dobrarem sua frequência.

            O documento foi divulgado no Fórum das Ilhas do Pacífico, em Tonga, na Oceania. Junto ao relatório, foi apresentado um informativo que dá conta da agitação dos mares num ambiente em constante aquecimento. Segundo Guterres, esses fenômenos são “um SOS sobre a subida do nível do mar”. Embora as ilhas do Pacífico sejam responsáveis apenas por 0,02% das emissões globais, sua disposição única torna a situação preocupante. Isso porque ela está apenas a dois metros do nível do mar, sua infraestrutura está a 500 metros da costa e 90% da população reside apenas a 5 Km do mar. Em outras palavras, na atual situação, a região poderá ser engolida pelas águas.

            O relatório sobre o Estado do Clima no Sudoeste do Pacífico 2023 foi o resultado da cooperação entre os Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais, a Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para a Ásia e o Pacífico (ESCAP), agências das Nações Unidas e parceiros internacionais. Além disso, o documento analisa outros eventos climáticos na região como o El Niño, ciclones, temperatura, precipitação, secas e aumento extremo da temperatura.

O documento possibilita a criação de medidas para a prevenção de tragédias na região tais como, planos de evacuação, investimento e fortalecimento de infraestrutura. No entanto, a princípio, essas medidas beneficiariam apenas a um terço dos países insulares.

 

Fonte e Foto: World Meteorological Organization

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