sábado, 23 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

O ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, está intensificando seu apoio ao crescente número de pessoas que buscam proteção após os recentes ataques no Líbano. Centenas de veículos estão parados em filas na fronteira com a Síria, enquanto muitos chegam a pé, levando o que conseguem carregar. Multidões, incluindo mulheres, crianças e bebês, passam a noite ao relento, enfrentando quedas nas temperaturas. Alguns ainda apresentam ferimentos dos bombardeios.

“Este derramamento de sangue está causando um sofrimento imenso, forçando dezenas de milhares a abandonarem suas casas”, afirmou Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para Refugiados. “É mais uma tragédia para famílias que já fugiram da guerra na Síria e agora enfrentam bombardeios no país onde buscavam segurança. Precisamos evitar que essas cenas de desespero e destruição se repitam. O Oriente Médio não pode suportar uma nova crise de deslocamento forçado. A proteção das vidas civis deve ser nossa prioridade”.

O ACNUR, em colaboração com parceiros como o Crescente Vermelho Árabe Sírio, está atuando nos postos fronteiriços, fornecendo alimentos, água, cobertores e colchões para os recém-chegados, além de orientá-los sobre o suporte disponível na Síria. A situação humanitária no país continua crítica; o terremoto de 2023 e o prolongado conflito devastaram a infraestrutura, deixando milhões necessitando de ajuda.

De acordo com autoridades libanesas, mais de 27.000 pessoas foram deslocadas nas últimas 48 horas, com esse número aumentando a cada minuto. Os recentes combates já resultaram em 558 mortes e 1.835 feridos.

O ACNUR está respondendo às necessidades dos deslocados em todo o Líbano, coordenando suas ações com as autoridades e outras organizações humanitárias. Nossas equipes estão preparadas para ajudar mais civis que fugiram dos ataques aéreos, oferecendo abrigo, cuidados de saúde e apoio psicossocial. O Líbano abriga cerca de 1,5 milhão de refugiados sírios e mais de 11.000 refugiados de outras nacionalidades.

Fonte: ACNUR

Foto: Vadim Makheev/ACNUR

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