Em um desdobramento da Operação Caça Fantasmas, o Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) Regional Paracatu, cumpriu, nesta quinta-feira, 8 de maio, uma ordem de prisão preventiva contra um advogado da cidade de Unaí. A prisão é resultado de investigações que revelaram indícios de envolvimento do profissional em crimes como tráfico de influência, embaraço a investigações relacionadas a organizações criminosas e crimes contra a honra de um delegado responsável pela apuração.
De acordo com os dados coletados durante a investigação, o advogado solicitou e recebeu valores de investigados, sob a promessa de que influenciaria nas investigações em andamento e que parte do dinheiro seria destinada ao delegado responsável pela operação, com o objetivo de interromper o avanço da apuração. Como consequência, dois outros envolvidos no esquema também foram denunciados por corrupção ativa e por dificultar as investigações de crimes organizados.
A partir da denúncia do GAECO, a prisão preventiva foi decretada para os três envolvidos: o advogado e dois outros investigados, todos denunciados na mesma operação. Durante a prisão, foram respeitadas as prerrogativas profissionais do acusado, com a presença de seu advogado e do delegado de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local.
A Operação Caça Fantasmas, que teve início no final de 2024, desvendou uma organização criminosa de grande porte e complexidade, com atuação interestadual e especializada em crimes como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem tributária, com um impacto financeiro superior a 500 milhões de reais no erário público.
Por Eduardo Souza
Com informações: Ministério Público de Minas Gerais
Foto: FreePik/Imagem Ilustrativa