No dia 6 de fevereiro, foi extraditado da Colômbia para o Brasil, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), um brasileiro, natural de Coronel Fabriciano, acusado de assassinar a companheira em Ipatinga, município do Vale do Aço, no dia 28 de abril de 2023.
De acordo com a denúncia do MPMG, ele agrediu brutalmente a vítima, causando múltiplas lesões. Além disso, teria injetado grandes quantidades de cocaína no organismo da companheira, resultando na morte dela por intoxicação.
Ele foi acusado de homicídio foi qualificado por asfixia, tortura, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, responde por tráfico de drogas, uma vez que é acusado de fornecer entorpecentes regularmente à vítima.
Segundo a investigação, ele e a vítima mantinham um relacionamento amoroso conturbado, marcado por constantes agressões, que na maioria das vezes eram presenciadas pelas filhas da mulher.
A denúncia aponta que, após a morte da vítima, o representado apossou-se de suas redes sociais e, se passando por ela, enviou aos familiares mensagens e vídeos afirmando que estava tudo bem. Em determinado momento, utilizando seu próprio perfil no Instagram, o representado comunicou à família acerca da morte da mulher e, nesta mesma oportunidade, desativou todas as suas redes sociais.
Após ser acusado do assassinato e de ter a prisão preventiva decretada, ele fugiu do Brasil e foi incluído na lista de procurados internacionais da Interpol.
Durante a extradição da Colômbia, a Polícia Federal o escoltou de volta ao Brasil, onde encontra-se recluso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria.
Ele será submetido a julgamento no plenário do Tribunal do Júri de Ipatinga. Caso condenado, suas penas somadas podem ultrapassar 105 anos de reclusão.
Para o promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, responsável pelo pedido de Difusão Vermelha e pela Representação de Extradição, a prisão representa uma grande vitória para a Justiça e um avanço no combate à impunidade e aos crimes violentos contra mulheres, especialmente os feminicídios.
Fonte e foto: Ministério Público de Minas Gerais