Ações de recuperação de áreas degradadas, cercamento de nascentes, conservação e reflorestamento, realizadas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) no Monumento Natural Estadual Lapa Nova de Vazante, têm favorecido o retorno de animais de grande porte, como a anta (Tapirus terrestris), ao ambiente da Unidade de Conservação (UC).
O trabalho realizado favorece a biodiversidade local e está permitindo que essa espécie tão importante seja avistada com mais frequência no Monumento. As antas também desempenham papel essencial na regeneração florestal, espalhando sementes que ajudam na recuperação natural das áreas degradadas e no aumento da diversidade vegetal.
O Monumento Natural Lapa Nova de Vazante é o último vestígio de vegetação nativa localizado na área urbana do município homônimo. De acordo com o gerente da UC, Gilberto dos Reis Ferreira, o retorno das antas se deve principalmente às ações de recuperação, conservação e preservação da UC.
“O Monumento, com sua rica biodiversidade, também pode se beneficiar do papel das antas no reflorestamento, já que esses animais dispersam sementes em áreas degradadas, promovendo a recuperação da vegetação nativa e contribuindo para a conservação dos biomas Mata Atlântica e Cerrado presentes na região”, disse.
A Unidade de Conservação, criada em 2016, abrange 79,0471 hectares e inclui a Gruta Lapa Nova, a sexta maior caverna de Minas Gerais, com 4,5 km de extensão. Localizado no Noroeste do estado, o local possui biodiversidade rica, incluindo espécies ameaçadas como o lobo-guará e a anta, além de macacos bugio, prego e mico-estrela e diversas espécies de aves, répteis e anfíbios. Recentemente, também foram realizadas melhorias na sinalização de trilhas e um projeto de iluminação da caverna para fomentar o ecoturismo e preservar o patrimônio.
Fonte: Agência Minas
Foto: IEF / Divulgação