quinta-feira, 28 de novembro de 2024
“NÃO SE PRESERVA A MEMÓRIA DE UM POVO
SEM O REGISTRO DE SUA HISTÓRIA.”

Preservar a vida adolescentes e jovens de 12 a 29 anos que moram em áreas com alto índice de violência, utilizando a música, a dança, o esporte, a fotografia e o incentivo à busca por informações que resgatem a história da região onde vivem, gerando assim sensação de pertencimento e fortalecimento da autoestima. Essa tática vem sendo utilizada de forma efetiva pelo Programa Territórios Vulneráveis, da Prefeitura de Belo Horizonte, em duas áreas da capital, para evitar o ingresso dos jovens no mundo do crime. O objetivo final é reduzir, a médio e longo prazos, o índice de letalidade juvenil.

O Programa Territórios Vulneráveis tem suas ações executadas na capital pela Diretoria de Prevenção ao Crime, da Secretaria Municipal de Segurança em Prevenção (SMSP), mantendo intervenções qualificadas em fatores de risco e de proteção no Território L4,  composto pelos bairros Alto Vera Cruz, Taquaril e Granja de Freitas, na regional Leste.

As ações também são adotadas no Território B4, que abrange os bairros Alto das Antenas, Araguaia, Brasil Industrial, Cardoso, Urucuia, Corumbiara, Esperança, Flávio de Oliveira, Flávio Marques Lisboa, Miramar, Novo Santa Cecília, Pongelupe, Serra do Curral, Solar do Barreiro e a Vila Cemig, no Barreiro.

Cerca de mil jovens das duas localidades foram beneficiados pela iniciativa, ao longo de 2024, obtendo atendimento individualizado de psicólogos e assistentes sociais. A diretora de Prevenção à Criminalidade da SMSP, Márcia Cristina Alves, explica que os jovens passam por uma entrevista, na fase da adesão ao projeto. “É, na verdade uma conversa com uma psicóloga, que avalia o perfil e o grau de exposição ao risco desse jovem, para definir se há necessidade de um acompanhamento mais intenso ou apenas periódico, encaminhando o adolescente, na sequência, para uma conversa com as assistentes sociais”, informa.

No Território L4, a parceria com o Instituto Avante possibilitou o atendimento individual de 355 jovens em situação de risco social, dando origem ainda ao Projeto CRIAS de BH, idealizado com a com participação deles. O material produzido na oficina de fotografia realizada pelos jovens deu origem a uma exposição FOTOCRIAS, que ganhou destaque entre as atividades coletivas, que beneficiaram inúmeros outros adolescentes.

Já no Território B4, a parceria firmada com o Instituto Macunaíma permitiu atender 642 jovens em situação de vulnerabilidade, também de forma individual, este ano. O Projeto Respeita a Minha História foi o que os jovens locais escolheram desenvolver, percorrendo toda a área do território para conversar com os moradores mais antigos, para levantar histórias sobre o surgimento das primeiras casas e estabelecimentos da área.  Ações integradas de cultura, lazer, formação de lideranças juvenis e geração de renda também foram realizadas no B4.

Violência doméstica

As equipes do Programa Territórios Vulneráveis atuam também no combate à violência doméstica, oferecendo acolhimento e prestando atendimento às vítimas deste tipo de crime, residentes nos territórios L4 e B4, tendo prestado 210 atendimentos do tipo, no decorrer do ano, somados os dois locais.  No L4 foi realizada palestra sobre Medidas de prevenção à gravidez precoce e no B4, as mulheres tiveram acesso ainda a iniciativas de mediação de conflitos e a grupos de prevenção ao risco de violências de gênero, racial e sexual.

Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte

Foto: Divulgação / PBH

Compartilhe:
Exit mobile version