No dia 9 de dezembro, o samba foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. A decisão foi tomada pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (CDPCBH), que analisou o Inventário Participativo e Dossiê de Registro do Samba, destacando sua importância histórica e cultural para a cidade. Este reconhecimento valoriza ainda mais a cultura do samba, que é um dos pilares da identidade de Belo Horizonte.
O trabalho de pesquisa, que investigou as diferentes formas de expressão do samba na capital mineira, além de sua história, influências e tradições, foi fundamental para essa conquista. A partir do estudo, ficou evidente a relevância do samba como parte intrínseca da cultura local.
A Secretária Municipal de Cultura e presidente do CDPCBH, Eliane Parreiras, celebrou a decisão, afirmando que o samba é “a expressão mais pura da cultura do nosso país e da ancestralidade do nosso povo”. Ela ainda destacou a importância de fortalecer o samba como forma de reconhecer a diversidade e a herança cultural afro-brasileira que molda Belo Horizonte. “O samba é presença constante, exemplo disso é a Lagoinha, considerada o reduto do samba na capital, local onde se originaram diversos grupos, compositores e blocos de carnaval. O samba é, inegavelmente, a nossa raiz cultural”, comemorou.
Reconhecimento colaborativo
Bernardo Correia, presidente da Fundação Municipal de Cultura, ressaltou a participação ativa de grupos e coletivos culturais no processo de elaboração do inventário, em especial os mestres e mestras do samba da cidade. Ele destacou que a produção do documento foi um trabalho colaborativo entre o Poder Público e o Coletivo de Sambistas Mestre Conga, que tem sido protagonista de ações culturais no cenário do samba de Minas Gerais. “Exaltar esta arte é fundamental para reforçarmos que a cultura afro-brasileira está presente na nossa identidade”, afirmou.
O dossiê e o inventário foram elaborados por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura, a Fundação Municipal de Cultura e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no âmbito do Projeto República: Núcleo de Pesquisa, Documentação e Memória. O estudo foi conduzido com o protagonismo de mestres do samba e do Coletivo Mestre Conga, um movimento social fundado em 2020 com a missão de promover o samba e suas tradições em Minas Gerais.
Comemoração no Mercado da Lagoinha
Para celebrar esse marco importante, o Mercado da Lagoinha, considerado um dos principais centros do samba em Belo Horizonte, foi palco de várias apresentações e rodas de samba no mesmo dia da reunião do CDPCBH. O evento reuniu sambistas e admiradores da cultura local, celebrando a valorização do samba como patrimônio imaterial da cidade e uma das mais expressivas manifestações culturais da capital mineira.
Com as informações e fotos da Prefeitura de Belo Horizonte