Em um evento virtual realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, foi discutida a redução da mortalidade materna entre mulheres negras. O evento “Diálogos para a Equidade: Saúde da Mulher Negra e 10 Passos” focou em estratégias de prevenção à morte materna, destacando que as principais causas de óbitos são hipertensão, hemorragia e a alta taxa de cesarianas. A iniciativa busca qualificar o atendimento e superar as barreiras, incluindo o racismo, que impactam o cuidado em saúde.
Estudos recentes revelam que as mulheres negras apresentam índices mais altos de mortalidade materna. De acordo com a pesquisa “Razão de Mortalidade Materna por Principais Grupos de Causas segundo Raça/Cor, Brasil – 2019 a 2022”, o risco de morte por aborto é duas vezes maior entre mulheres negras e quase quatro vezes maior entre as indígenas, em comparação às mulheres brancas. Além disso, o risco por hemorragia e síndromes hipertensivas também é significativamente maior entre as mulheres negras.
A Fiocruz destacou a importância da implementação de dez passos de cuidado obstétrico, que incluem a garantia de encontros de qualidade, triagem de infecções, identificação precoce de sinais de gravidade e treinamento contínuo das equipes de saúde. A instituição também apontou que a abordagem das intersecções de raça e cor e o enfrentamento do racismo institucional são fundamentais para a melhoria da assistência e redução da mortalidade materna.
Fonte e Foto: Ministério da Saúde