Em celebração ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, o TRT-MG promoveu, na tarde desta sexta-feira (22), a roda de conversa “Educação antirracista: caminhos para inclusão e diversidade”. O evento foi realizado no auditório da Escola Judicial e reuniu alunos do 1º e 2º ano do ensino técnico integrado ao ensino médio de edificações do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) – Campus Santa Lúcia e do Programa EJA do bairro Serrano de Belo Horizonte.
A mesa de abertura contou com a presença da professora Elisângela Chaves da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); do 2º vice-presidente do TRT-MG, Emerson José Alves Lage, diretor da Escola Judicial; da desembargadora Adriana Goulart de Sena Orsini, gestora regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade; e da servidora Silvana Monteiro Gomes, representante do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Durante seu discurso, a desembargadora Adriana Sena destacou a importância do evento: “A roda de conversa propõe implementar uma educação antirracista, essencial para promover a equidade de gênero, raça e diversidade no TRT-MG”. Ainda na abertura, ela abordou a necessidade de conhecer as origens da história da cultura negra e os desafios de combater o racismo em pleno ano de 2024.
Relações étnico-raciais baseadas na não discriminação
Também estiveram presentes a doutora em Antropologia Social e mestra em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Luciene de Oliveira Dias; a doutora e pós-doutora em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e também escritora de livros infantis como ‘’A Rainha Dandara e a Beleza dos Cabelos Pretos”, Dayse Cabral de Moura; a servidora chefe do Núcleo do Foro de João Monlevade e integrante do Comitê do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade, Marisa Campos Tomáz e a servidora do TRT-MG, Vitalina Carlos Pimenta de Morais, ambas atuaram como mediadoras.
A juíza do Trabalho Josiane Nunes Alves, que atuou como debatedora no evento, enfatizou que “precisamos construir relações étnico-raciais e interpessoais baseadas na não discriminação. Esse debate, especialmente no TRT, que possui programas de equidade e igualdade, é crucial. Trazer essa discussão para as escolas e abordá-la com os jovens desde cedo é abrir caminhos para relações mais justas no futuro.’’
Impactos estruturais do racismo
A última palestra foi proferida pela doutora e mestra em Educação, Yone Maria Gonzaga, que destacou os impactos estruturais do racismo. “A discussão sobre a educação antirracista é crucial, pois o racismo estrutura as relações em todas as áreas da nossa sociedade – educacional, política, trabalhista e econômica. Preparar as novas gerações para compreender esse tema é apontar para uma sociedade mais democrática, com menos racismo, discriminação e sofrimento.’’
Entre os participantes, João Paulo, aluno do IFMG, relatou como foi participar dessa roda conversa. “Foi muito interessante, pois despertaram a curiosidade de nós alunos, instigando-nos e ampliando nossas perspectivas sobre aspectos que talvez não tivéssemos notado antes”.
Fonte e fotos: TRT-MG