A Polícia Federal (PF) deflagrou, na terça-feira (19), a Operação Contragolpe após descobrir um plano de golpe de Estado e atentado contra altas autoridades brasileiras. De acordo com fontes da PF, as investigações revelaram que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor de Jair Bolsonaro, estava envolvido em um esquema para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A trama foi desvendada após a recuperação de mensagens apagadas do celular de Mauro Cid, apreendido pelas autoridades. Esses arquivos revelaram um planejamento para executar os atentados por meio das Forças Especiais do Exército, conhecidos como os “Kids Pretos”, um batalhão de elite do qual Cid fazia parte e que é especializado em operações secretas e de alto risco.
Com base nas informações obtidas, a PF cumpriu cinco mandados de prisão, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares expedidas pelo STF. As diligências aconteceram em diversos pontos do país e visam desmantelar a rede envolvida no planejamento do golpe e dos atentados. A operação tem como objetivo prender os responsáveis e garantir que o plano não se concretize, além de aprofundar as investigações sobre a possível participação de outras figuras chave dentro e fora das Forças Armadas.
Segundo os investigadores, a utilização das Forças Especiais do Exército teria sido central no esquema, já que o “Kids Pretos” é um batalhão especializado em operações clandestinas e de alto risco. A revelação de que uma facção militar poderia estar envolvida em um golpe de Estado e atentado contra líderes do governo coloca um foco alarmante na radicalização dentro de setores das Forças Armadas, especialmente após o período de polarização política vivido no Brasil.
A operação também indicou que o plano estava sendo desenvolvido de forma organizada e sigilosa, com mensagens trocadas por celulares e outras formas de comunicação apagadas para evitar rastreamento. No entanto, as diligências da PF conseguiram recuperar esses dados e identificar os responsáveis pela elaboração do plano.
Além de Cid, outros militares e civis ligados à trama também podem ser responsabilizados, e as autoridades seguem apurando os detalhes do caso para garantir a completa desarticulação do golpe. As prisões e as medidas cautelares devem ajudar a desmantelar o grupo, mas o risco de novos envolvidos ou planos relacionados ainda é investigado.
Fonte e foto: Redes sociais