O exército de Israel (IDF) assumiu a autoria do ataque que matou Mohamed Afif, principal porta-voz do Hezbollah, no domingo (8 de outubro) em Beirute, Líbano. Segundo as Forças de Defesa de Israel, Afif estava em contato direto com altos funcionários do Hezbollah e liderava operações que promoviam a “campanha de propaganda e terror psicológico” contra Israel. As IDF também acusaram Afif de glorificar e incitar “atividades terroristas” contra o país.
O ataque, um atentado bombista contra a sede do Partido Socialista Árabe Baath em Beirute, resultou em quatro mortos, incluindo Afif, e 14 feridos, sendo duas crianças, conforme o Ministério da Saúde Pública do Líbano. O Hezbollah confirmou a morte de Afif e o classificou como um dos principais líderes do movimento, enquanto o Irã condenou o ataque, com seu porta-voz, Ismail Baghaei, chamando-o de “ato terrorista” e ressaltando o papel de Afif como uma “voz da nação libanesa”.
Após o ataque, Israel lançou outro bombardeio contra o oeste de Beirute, que causou duas mortes e 22 feridos, de acordo com autoridades libanesas. Esse ataque ocorre no contexto de uma série de bombardeios israelenses em solo libanês, iniciados com intensidade em 23 de setembro, e uma ofensiva terrestre no sul do Líbano desde 30 de setembro. As Forças Armadas de Israel afirmam que seus objetivos são neutralizar o Hezbollah, visando permitir o retorno dos habitantes deslocados do norte de Israel, que estão fora de suas casas há mais de um ano devido a ataques com projéteis disparados do Líbano.
O conflito entre Israel e o Hezbollah se intensificou desde 8 de outubro de 2023, quando o Hezbollah iniciou uma “frente de apoio” ao Hamas no contexto da guerra em Gaza, que foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense. Desde então, quase 3.500 pessoas morreram devido aos confrontos.
O Hezbollah faz parte do eixo da resistência, uma aliança informal apoiada pelo Irã, que também inclui milícias xiitas no Iraque, Afeganistão, Paquistão, os Huthis no Iémen e o Hamas na Palestina.
Fonte e foto: Redes Sociais