O plenário 1 do edifício-sede do TRT-MG foi palco do evento “Memórias e Experiências: Valorização da Pessoa Aposentada”, na tarde de sexta-feira (18/10), reunindo servidores e magistrados aposentados e reforçando o sentimento de pertencimento e inclusão junto ao Regional mineiro. A programação trouxe apresentações musicais, o encerramento do 14º Curso de Formação Inicial de Magistrados, uma roda de conversa e a divulgação de ações institucionais do Tribunal.
Para a presidente do TRT-MG, desembargadora Denise Alves Horta, o intuito foi “proporcionar o reencontro, promover um ambiente de amizade, respeito, agradecimento, abraços e sorrisos sinceros”. A magistrada ainda completou: “Os aposentados muito fizeram pelo nosso Tribunal, sendo assim, são extremamente justas a nossa homenagem e deferência”.
Encontro de gerações
Após o discurso de abertura, o professor e saxofonista, Ibraim Netto, realizou uma apresentação musical. Em seguida, foram entregues aos juízes recém-nomeados os certificados de conclusão do 14º Curso de Formação Inicial de Magistrados. Dessa forma, reuniram-se no mesmo evento, aposentados e novos concursados.
O encontro de gerações foi destacado pelo 2º vice-presidente do TRT-MG e diretor da Escola Judicial, desembargador Emerson José Alves Lage. “A troca de experiências demonstra o renascimento e a continuidade da nossa instituição em novos tempos, resgatando nossa história e sinalizando o futuro. O curso de formação inicial é essencial para capacitar e informar nossos magistrados e magistradas e promover essa integração de gerações”.
Roda de conversa
Na sequência, Henrique Carvalho, servidor e chefe da seção de Teletrabalho do Tribunal, conduziu uma roda de conversa com servidores e magistrados aposentados que relembraram momentos vividos no Tribunal e ressaltaram a importância de permanecerem ativos após a aposentadoria.
A desembargadora aposentada Emília Facchini, atualmente curadora do Centro Cultural do TRT-MG, compartilhou sua trajetória e os caminhos percorridos após a aposentadoria. No exercício da nova função, atuando como voluntária, Facchini relatou: “Foi um mundo novo que se abriu na minha frente; existe muita coisa além do processo. Os artistas são pessoas muito especiais e tenho aprendido com eles. É uma outra cabeça, outro pensamento, um outro mundo. E isso me tem feito muito bem”.
Benefícios do voluntariado
Em seguida, Renata Lopes Vale, gestora de 1º grau do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, abordou o artigo 5º, inciso I, da resolução 526 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A normativa determina que os tribunais devem promover a participação de magistrados aposentados como facilitadores na Justiça Restaurativa, que “busca por meio do diálogo, a transformação das situações conflitivas, sem perder o enfoque da reparação do dano”, explicou.
Ela ainda frisou que, para atuar como facilitador da Justiça Restaurativa, é necessária a voluntariedade. A magistrada destacou as ações do TRT-MG para capacitação desses facilitadores, incluindo os aposentados, por meio do programa NÓS, uma plataforma que busca estabelecer Núcleos de Orientação e Solução de Conflitos Escolares (Nós), nas escolas municipais e estaduais da rede pública de ensino de Belo Horizonte.
Após, o secretário de Desenvolvimento de Pessoas do TRT-MG, Bruno Torroso, apresentou o Programa de Trabalho Voluntário do Tribunal e enumerou os benefícios do voluntariado, como o restabelecimento de conexões interpessoais, a contribuição, as iniciativas de impacto social, a faculdade de selecionar as atribuições funcionais e a lotação, além da flexibilidade na jornada de trabalho. Na ocasião, Torroso ainda divulgou a Central da Pessoa Aposentada, uma área na intranet lançada na presente data e que reúne informações relevantes para o público, facilitando o contato dos aposentados com o Regional mineiro.
Valorização
Encerrando a programação de “Memórias e Experiências: Valorização da Pessoa Aposentada”, a servidora aposentada, Diza Franco, realizou uma apresentação musical dedicada aos presentes. A juíza aposentada, Luciana Alves Viotti, elogiou a iniciativa do Tribunal em realizar o evento. “Eu acho que o olhar para o aposentado é muito importante, a gente se sente valorizado”.
Já a desembargadora aposentada, Cleube de Freitas Pereira, confessou: “A emoção de retornar ao Tribunal é intensa e estou realmente emocionada. Após 13 anos de aposentadoria, a saudade do tempo em que trabalhamos aqui, lidando com julgamentos e processos, é enorme”. A servidora aposentada, Ana Elisa Barbosa, compartilhou da mesma opinião: “Após 12 anos, é a primeira vez que retorno ao Tribunal. É maravilhoso estar aqui novamente, reencontrando o ambiente e os colegas. Trabalhar no TRT, sem dúvida, foi o melhor emprego que tive em todos os aspectos”, concluiu.
Fonte e foto: Justiça do Trabalho: TRT da 3ª Região de Minas