A grave seca que afeta o Brasil já é considerada a pior em 70 anos, conforme relatório do Infomoney, e está intensificando as queimadas em diversas regiões do país. Essa combinação de fatores tem provocado um desiquilíbrio significativo na produção de alimentos, pressionando os preços e impactando diretamente o bolso do consumidor. Com a agricultura sendo um setor sensível às variações climáticas, a redução das áreas cultivadas e a perda de produtividade são consequências diretas dessa crise hídrica.
O Índice Integrado de Seca (IIS) revela que, em agosto de 2024, 963 municípios enfrentaram perdas significativas em suas áreas agroprodutivas devido às queimadas. As projeções do IBGE indicam uma queda de 6% na colheita de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2024, aumentando a demanda em um cenário de oferta reduzida, o que deve elevar ainda mais os preços dos alimentos. Produtos essenciais da cesta básica, como carnes, grãos e laticínios, já sentem os efeitos da crise, com aumentos expressivos em seus preços.
Além do impacto no setor alimentício, a crise hídrica também afeta a geração de energia elétrica. A escassez de água nos reservatórios hidrelétricos tem levado ao acionamento de usinas térmicas mais caras, resultando em tarifas de energia em alta. Com a bandeira vermelha 2 acionada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores podem esperar preços que superem R$ 200/MWh até dezembro de 2024, refletindo os custos elevados em toda a cadeia produtiva.
Fonte e fotos: Rede