Na sexta-feira (6), a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças do Ministério da Agricultura promoveu uma reunião abrangente com a participação de produtores, pesquisadores, representantes da indústria e do governo. O encontro teve como objetivo discutir os desafios enfrentados ao longo da cadeia de valor das hortaliças e buscar soluções colaborativas para melhorar o setor.
Um dos principais temas abordados foi o Sistema de Logística Reversa de Embalagens, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Letícia Barony, assessora da Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da CNA, destacou a importância do Sistema Campo Limpo, um programa brasileiro voltado para o recolhimento de embalagens vazias ou com sobras pós-consumo de defensivos agrícolas.
Conforme os dados apresentados, 93% das embalagens plásticas primárias são destinadas ao Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InPEV), o que evidencia a eficácia do programa. Durante a reunião, também foram discutidos os desafios e oportunidades relacionadas ao uso de embalagens para a comercialização de frutas e hortaliças à granel. Barony enfatizou a necessidade de mecanismos viáveis que ajudem a reduzir a geração de resíduos sólidos e minimizar as perdas de alimentos ao longo da cadeia de distribuição.
Outra questão discutida foi o uso de caixas plásticas retornáveis. A assessora técnica ressaltou que, embora essas caixas possam resolver alguns problemas logísticos, é essencial ter um sistema eficiente de logística reversa e de higienização para garantir seu sucesso e eficácia.
O encontro também abordou a ampliação e a necessidade de regulação da produção, comercialização e uso de bioinsumos. Representantes da Câmara Setorial discutiram a utilização de insumos biológicos como uma estratégia para ampliar a produção de maneira sustentável. A construção de instrumentos que garantam segurança jurídica para os produtores de bioinsumos, especialmente para uso próprio, também foi destacada como uma prioridade.
A reunião incluiu uma apresentação sobre o Plano Safra 2024/2025, que apontou os desafios enfrentados pelo setor ao acessar crédito. Entre os problemas mencionados estão as limitações impostas por CPF e a necessidade de melhorias no processo de obtenção de financiamento para os produtores.
Além disso, foram discutidas atualizações sobre a legislação do autocontrole e os padrões de qualidade e identidade do alho-semente, aspectos fundamentais para a certificação e a qualidade do produto final.
Fonte e foto: CNA