Um professor universitário descobriu que um site americano está vendendo fósseis de uma cigarra e de uma libélula brasileiros. Os fósseis são oriundos da Chapada do Araripe, no Sul do Estado. As informações são do g1.
A denúncia foi feita pelo doutor em geociências e professor do curso de Arqueolofia da Universidade Federal do Piauí, Juan Carlos Cisneiros. Ele ainda descobriu que as peças estavam sendo comercializadas por até US$ 3,9 mil, o que corresponde a R$ 21,6 mil. O caso foi denunciado no canal online do Ministério Público Federal, em janeiro do ano passado, e posteriormente encaminhado à Procuradoria da República no Ceará.
O pesquisador ainda descobriu os valores dos fósseis: a cigarra chegava a custar U$S 3,1 mil dólares (R$17,3 mil) e uma libélula, 3,9 mil (R$ 21,6 mil).
Esses materiais são mais fáceis de sair do Brasil por conta do tamanho, mas a prática é proibida desde 1942. A maioria dos fósseis vendidos são de insetos e plantas, todos de pequeno porte.
Entre 2011 e 2020, A PF de Juazeiro instaurou 25 inquéritos para apurar o tráfico de fósseis da região da Chapada do Araripe. A lei que criminaliza o tráfico de fósseis determina pena de um a cinco anos de prisão, além de multa. Os casos podem ser agravados quando há envolvimento de organização criminosa e relação com outros tipos de crime.
Foto: reprodução/ Marcos Santos/ USP Imagens