A falta de auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais e as ameaças enfrentadas por esses profissionais foram destacadas em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do estado. Com apenas 225 servidores para fiscalizar 853 municípios, a média é de um fiscal para cada quatro cidades, o que dificulta o combate ao trabalho análogo à escravidão.
Durante a reunião da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, deputados expuseram preocupações após áudio circulado em maio, com ameaças direcionadas à fiscalização em lavouras de café. Em junho, resgates de trabalhadores em condições de exploração também foram citados, evidenciando a gravidade do problema.
O superintendente regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, Carlos Calazans, informou que as investigações sobre as ameaças estão em andamento pela Polícia Federal. Além disso, anunciou a retomada do concurso público para 900 vagas de auditores fiscais do Trabalho, paralisado anteriormente devido a questões administrativas.
Fonte e Foto: Assembleia Legislativa de Minas Gerais