O Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, divulgou nesta sexta-feira (26) que o déficit primário em junho foi de R$38,8 bilhões. O resultado superou as expectativas do mercado financeiro, que projetava um déficit de R$40,9 bilhões, e também foi menor que o déficit de R$45,1 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado. No semestre, o déficit acumulado atinge R$68,7 bilhões, um aumento em relação aos R$43,2 bilhões do ano anterior.
Em junho, o Tesouro Nacional e o Banco Central apresentaram superávit de R$6,1 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) registrou um déficit de R$44,9 bilhões. A redução no déficit em comparação com o ano passado deve-se a um aumento real de 5,8% na receita líquida e uma ligeira elevação de 0,3% nas despesas totais. Entre as principais causas do aumento das despesas estão os pagamentos de Benefícios Previdenciários, o crescimento dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e créditos extraordinários para enfrentar a calamidade no Rio Grande do Sul.
O aumento das despesas no semestre foi influenciado principalmente pelos pagamentos de benefícios previdenciários, que somaram R$40 bilhões, e pelos crescimentos nas despesas discricionárias e obrigatórias. A receita líquida no primeiro semestre cresceu 8,5%, enquanto as despesas aumentaram 10,5%, refletindo principalmente o aumento no número de beneficiários e a política de valorização do salário mínimo.
Fonte e fotos: Agência Brasil.