Um homem, apontado como líder de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas, foi preso em São Lourenço (MG) depois de mais de dois anos foragido. Ele estava com mandado de prisão preventiva em aberto desde outubro de 2022, quando a 2ª fase da “Operação Áquila” foi deflagrada. A prisão ocorreu após ele ser encontrado utilizando um documento falso.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, o homem foi localizado em São Lourenço. Ele era procurado desde a operação, que teve como objetivo desmantelar uma quadrilha que atuava em Varginha e na região, sendo responsável pelo tráfico de drogas e associação para o tráfico, com vínculos com o PCC.
As investigações revelaram que o tráfico de drogas era comandado de dentro de presídios, utilizando violência, ameaças e armas de fogo. Em um dos episódios, um dos membros da quadrilha disparou tiros em frente a uma residência para intimidar um inimigo, atingindo inclusive um cachorro que estava no local.
O Ministério Público também descobriu que um advogado, já denunciado e condenado por sua participação em um esquema de corrupção no sistema prisional na “Operação Penitência”, atuava como intermediário, transmitindo ordens relacionadas ao tráfico para presos.
Até o momento, o MP ofereceu denúncias contra oito pessoas por diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de armas, disparos de armas de fogo e maus-tratos a animais. Três dos acusados já foram condenados, com penas que somam mais de 20 anos de prisão, enquanto outros três réus, incluindo o advogado, ainda aguardam julgamento.
A “Operação Áquila” foi iniciada em fevereiro de 2022 com o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão preventiva, resultando em cinco denúncias relacionadas a 75 crimes. As investigações, que duraram cerca de 10 meses, também indicaram o uso de menores de idade no tráfico e revelaram que uma casa noturna em Varginha estava sendo usada para lavar dinheiro proveniente do tráfico.
Além das prisões, foram apreendidas substâncias ilícitas, como cocaína e maconha, celulares e R$ 24 mil em dinheiro. Em agosto de 2022, a 2ª fase da operação foi deflagrada, com foco na conexão com a “Operação Penitência”, que investiga extorsões no Presídio de Varginha. Já em janeiro de 2023, a 3ª fase da operação foi iniciada.
Fonte e foto: Gaeco/ MP