A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou nesta terça-feira (21) sua esperança de que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconsidere a decisão de retirar o país da lista de Estados-membros da entidade. A decisão foi anunciada logo após a cerimônia de posse de Trump, no dia 20 de janeiro, e causou preocupação em relação ao impacto que a saída dos Estados Unidos poderia ter no trabalho da OMS em nível global.
Em uma declaração oficial, a OMS ressaltou o papel fundamental da organização na proteção da saúde e segurança das populações ao redor do mundo, incluindo os norte-americanos. A entidade destacou a importância da OMS no enfrentamento de doenças, no fortalecimento de sistemas de saúde e na resposta a emergências sanitárias, especialmente em regiões de risco onde outras organizações não conseguem atuar.
“A OMS desempenha um papel crucial na proteção da saúde e da segurança da população mundial, incluindo a dos norte-americanos, abordando causas profundas de doenças, construindo sistemas de saúde mais fortes e detectando, prevenindo e respondendo a emergências em saúde, incluindo surtos, geralmente em locais perigosos, onde outros não podem ir”, afirmou a organização.
A OMS também lembrou que os Estados Unidos são um dos membros fundadores da organização, participando ativamente da definição e gestão das suas ações desde a sua criação. A colaboração dos EUA com outros 193 Estados-membros tem sido essencial para o sucesso de diversas iniciativas, principalmente nas áreas de prevenção e erradicação de doenças.
A OMS fez questão de lembrar os feitos históricos alcançados em parceria com os Estados Unidos, como a erradicação da varíola e os avanços na luta contra a poliomielite, doenças que ameaçavam a saúde global. Além disso, a organização destacou o impacto positivo que a adesão dos EUA à OMS trouxe tanto para o país quanto para o resto do mundo, com contribuições significativas para a saúde pública.
“Por mais de sete décadas, a OMS e os Estados Unidos salvaram incontáveis vidas e protegeram norte-americanos e toda a população global de ameaças à saúde. Juntos, eliminamos a varíola e levamos a poliomielite à beira da erradicação. Instituições norte-americanas contribuíram e foram beneficiadas por essa adesão como Estado-membro da OMS”, afirmou a nota da organização.
Por fim, a OMS expressou seu desejo de manter um diálogo construtivo com os Estados Unidos, na esperança de que o país reconsiderasse sua decisão e continuasse a colaborar com a organização para o benefício da saúde global.
“Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem e esperamos poder engajar em um diálogo construtivo para manter a parceria entre o país e a OMS, para o benefício da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo”, concluiu a OMS.
A saída dos Estados Unidos da OMS, se confirmada, representaria um grande retrocesso nas conquistas globais de saúde pública, com potencial impacto negativo em ações essenciais contra doenças e emergências sanitárias em diversas partes do planeta.
Com as informações da Agência Brasil
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