Nesta segunda-feira, 20 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional e Mundial do Queijo, uma data que destaca a importância desse alimento que tem um papel central na culinária de diversos países, especialmente em Minas Gerais. E se tem uma instituição que entende de queijo, essa é a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que, além de realizar pesquisas sobre a caracterização dos queijos, oferece um curso superior de Tecnologia de Laticínios no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira.
A Epamig desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do setor de laticínios, com destaque para suas pesquisas sobre o Queijo Minas Artesanal (QMA), produto símbolo da gastronomia mineira. Em dezembro de 2023, a empresa concluiu o projeto “Caracterização do Queijo Minas Artesanal da Região Serras da Ibitipoca”. O estudo focou na avaliação da maturação do queijo durante diferentes estações do ano, considerando os fatores climáticos que impactam a produção, como a umidade do verão e o tempo seco do inverno. Esse trabalho não só agregou valor ao produto, como também incentivou a atividade produtiva na região, reconhecida pela qualidade do seu queijo.
Segundo Junio de Paula, pesquisador e professor do ILCT, a Epamig tem sido fundamental na caracterização do Queijo Minas Artesanal, realizando estudos que identificam as características sensoriais, físico-químicas, microbiológicas e tecnológicas do produto. “A instituição também valoriza os territórios produtores, associando as especificidades do queijo ao terroir de cada região e auxiliando na garantia de segurança do produto, preservando a tradição artesanal”, explica o pesquisador.
Apoio ao produtor
Além de realizar a caracterização dos queijos, a Epamig oferece suporte técnico contínuo aos produtores. Por meio de monitoramento de qualidade, capacitação e incentivo à melhoria dos processos produtivos, a empresa fortalece a cadeia produtiva do Queijo Minas Artesanal e contribui para sua valorização como patrimônio cultural.
Em 2023, a qualidade dos queijos artesanais mineiros foi amplamente reconhecida internacionalmente. Durante a 6ª edição do Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, realizado na França, os queijos mineiros conquistaram 10 medalhas de ouro, consolidando ainda mais a reputação do estado como um grande produtor de queijos de excelência. O concurso, que premia os melhores queijos do mundo, contou com a participação de 17 queijos brasileiros, sendo 10 de Minas Gerais, e 67 outros com medalhas de prata e bronze.
Tecnologia como aliada da tradição
A Epamig também se destaca pelo uso da tecnologia na produção do Queijo Minas Artesanal. Junio de Paula destaca que a aplicação de tecnologias rigorosas no controle da qualidade é essencial para garantir padrões consistentes, o que tem ajudado os produtores mineiros a se destacarem em concursos nacionais e internacionais. “A tecnologia aprimora processos de produção, como maturação e armazenamento, sem comprometer a identidade artesanal do queijo. Além disso, assegura a rastreabilidade e o cumprimento de normas sanitárias, além de valorizar o terroir, mostrando como fatores regionais influenciam as características do produto”, ressalta.
A tecnologia também tem contribuído para melhorar a apresentação e a credibilidade do queijo, facilitando seu reconhecimento no mercado e aumentando sua competitividade em premiações. “A tecnologia aplicada contribui para um produto de qualidade superior, com apresentação impecável e garantia de rastreabilidade, tornando o Queijo Minas Artesanal cada vez mais valorizado no Brasil e no exterior”, conclui Junio.
Com as informações da Agência Minas
Foto: Daniel Arantes / Epamig