Na quarta-feira, 15 de janeiro de 2025, um histórico acordo de cessar-fogo e libertação de reféns foi alcançado entre Israel e o Hamas. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, após intensas negociações com representantes do Hamas, de Israel e com a mediação do Egito. Este acordo promete interromper os combates em Gaza, trazer assistência humanitária urgente para a região e possibilitar a reunificação de famílias com seus entes queridos após mais de 15 meses de cativeiro.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou o acordo e destacou que ele permitirá a entrada de ajuda humanitária para os civis palestinos e a libertação dos reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023. A expectativa é que o cessar-fogo comece no domingo, 19 de janeiro.
No entanto, o caminho para a paz ainda é delicado. O negociador chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, declarou que, apesar do cessar-fogo, o grupo não perdoará Israel pelo sofrimento causado durante a guerra. Ainda assim, o acordo abre uma nova possibilidade para reduzir as tensões na região e permitir que centenas de milhares de pessoas deslocadas possam retornar às suas casas.
Fases do Acordo
O acordo envolve fases que buscam, inicialmente, a interrupção dos combates e a troca de prisioneiros:
Fase 1: Durante seis semanas, os palestinos poderão retornar aos seus bairros, e a assistência humanitária será intensificada. O Hamas libertará 33 reféns, incluindo crianças, mulheres, idosos e pessoas feridas, enquanto Israel libertará prisioneiros palestinos.
Fase 2: 16 dias após o início do cessar-fogo, mais reféns serão liberados, e os restos mortais dos que faleceram durante o cativeiro também serão enviados para Israel.
Fase 3: As negociações sobre a reconstrução de Gaza começarão, com um foco particular na gestão futura do território e nas condições de segurança. A questão de quem governará Gaza continua sendo um ponto de impasse.
Reações ao Acordo
O acordo foi saudado globalmente, com líderes de diferentes países, como os Estados Unidos e o Brasil, comemorando a interrupção do conflito e a libertação dos reféns. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou a importância da diplomacia para a conclusão do acordo, que, segundo ele, será um marco para a paz na região. No Brasil, o governo expressou satisfação pela notícia e pediu o retorno imediato ao processo de paz entre israelenses e palestinos.
Entretanto, o acordo enfrenta desafios internos, com membros da direita do Parlamento israelense resistindo a certas condições, especialmente no que diz respeito ao controle de Gaza após o cessar-fogo.
Este é um passo significativo, mas as negociações continuam em andamento, e muitos desafios ainda precisam ser superados para alcançar uma paz duradoura no Oriente Médio.
Fonte e foto: Redes sociais