O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou, no dia 13 de janeiro, o lançamento do programa Mais Professores para o Brasil, uma iniciativa que visa valorizar, qualificar e incentivar a carreira docente na educação básica. O programa é resultado de uma demanda antiga das redes de ensino estaduais e municipais, bem como da própria categoria de professores, e reúne diversas ações para promover o ingresso de novos profissionais no magistério.
Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Camilo destacou a necessidade de atrair mais pessoas para a profissão. “Para se ter uma ideia, numa consulta feita com alunos de 15 anos, apenas 3% dos que foram consultados querem ser professores”, afirmou o ministro. “A ideia do programa é atrair, estimular e incentivar que as pessoas queiram ser professoras”, completou.
Uma das principais ações do Mais Professores para o Brasil é o programa Pé-de-Meia Licenciaturas, que visa atrair futuros professores de destaque por meio de apoio financeiro. A proposta oferece bolsas para estudantes com desempenho elevado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que optarem por cursos de licenciatura. O programa será direcionado a alunos que obtiverem mais de 650 pontos no Enem e escolherem cursos de licenciatura nas universidades do país.
O apoio financeiro inclui uma bolsa mensal de R$ 1.050, sendo que R$ 700 podem ser sacados mensalmente e R$ 350 serão depositados em uma poupança, ajudando na manutenção do estudante durante a formação. O ministro ressaltou que a proposta visa combater a alta taxa de desistência nos cursos de licenciatura, onde cerca de metade dos alunos abandonam a formação.
“Vamos oferecer agora 12 mil bolsas, mais ou menos três vezes a quantidade, em média, de pessoas que têm nota acima de 650 pontos do Enem”, disse Camilo, destacando que o programa busca atrair alunos com perfil para se tornarem professores qualificados, oferecendo apoio desde o início até a conclusão do curso.
Com as informações da Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil