Após um forte terremoto atingir o Condado de Dingri, no Tibete, na manhã de terça-feira (7), equipes de resgate continuam enfrentando condições extremas para salvar vidas. O tremor, que derrubou milhares de casas em uma das áreas mais remotas do Tibete, deixou 126 mortos e 188 feridos até o momento, de acordo com a mídia estatal chinesa.
O terremoto, de magnitude não especificada, é considerado o mais mortal desde o ocorrido em dezembro de 2023, que matou 151 pessoas nas províncias de Gansu e Qinghai. Na região do epicentro, perto do norte do Monte Everest, os socorristas continuam suas buscas sob condições difíceis, com temperaturas abaixo de zero e ventos fortes. Durante a noite, os termômetros chegaram a marcar -18°C, e a previsão é de que as baixas temperaturas persistam pelos próximos dias, o que pode dificultar ainda mais os esforços de resgate.
Mais de 600 réplicas do terremoto foram registradas, algumas com magnitudes superiores a 4,0, aumentando a tensão na região. A segurança e o transporte de socorro também foram prejudicados pelas dificuldades logísticas e pela inacessibilidade da área, um dos lugares mais remotos e subdesenvolvidos da China.
Até agora, 46 mil pessoas foram realocadas para locais mais seguros, e as equipes de resgate conseguiram retirar mais de 400 sobreviventes dos escombros. Além disso, muitas das cidades e vilarejos afetados já têm energia elétrica restaurada, e as estradas foram liberadas para o trânsito.
Em meio aos esforços de resgate, uma das maiores prioridades tem sido fornecer abrigo e proteção contra o frio intenso. Equipes de resgate montaram barracas isoladas e equipadas com geradores e luzes, enquanto os moradores deslocados, cobertos com cobertores, se acomodam em camas improvisadas para enfrentar o inverno rigoroso.
Zhang Guoqing, vice-primeiro-ministro da China, esteve na região para supervisionar os esforços de resgate e orientou que as equipes se concentrassem em localizar sobreviventes, fornecer cuidados médicos, e garantir que os deslocados recebam comida e abrigo suficientes para suportar as condições extremas.
Com a região ainda em crise, a verdadeira extensão dos danos é difícil de determinar devido à dificuldade de acesso e à falta de liberdade para jornalistas estrangeiros relatarem de maneira independente a situação local, devido às tensões políticas no Tibete. No entanto, os esforços contínuos para resgatar sobreviventes e oferecer ajuda humanitária seguem em andamento, com a prioridade voltada para o salvamento de vidas e o cuidado com os deslocados.
Fonte e foto: Redes Sociais