Minas Gerais, o maior produtor de leite do Brasil com mais de 9 bilhões de litros anuais, está reforçando as medidas sanitárias para garantir a qualidade de sua produção. A brucelose, uma zoonose transmitida por meio de leite não pasteurizado de animais infectados, é uma das principais preocupações. Para combater a doença, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) estão intensificando a vacinação de bezerras com idade entre três e oito meses. Os produtores rurais têm até 31 de julho para vacinar e até 10 de agosto para declarar a vacinação no IMA.
Até agora, pouco mais de 1 milhão de fêmeas bovinas e bubalinas foram imunizadas, o que representa 45,3% da meta de 80% estipulada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A vacinação é crucial não apenas para a saúde pública, mas também para proteger a economia estadual, especialmente com a reputação de Minas Gerais na produção de queijos artesanais feitos com leite cru. O IMA realiza inspeções rigorosas e fiscaliza a conformidade das queijarias e propriedades para garantir que os produtos estejam livres da brucelose.
Luciana Oliveira, coordenadora do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) em Minas Gerais, destaca a importância dessas medidas para prevenir a transmissão da brucelose por meio de leite e derivados. O IMA continua a promover a vacinação e a fiscalização para proteger tanto a saúde pública quanto a qualidade da produção leiteira no estado.
Fonte e fotos: Agência Minas.