A América do Sul tem se destacado no combate à fome global, de acordo com o economista-chefe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Maximo Torero. Em uma análise publicada nesta quarta-feira (24), Torero ressalta que a pandemia provocou um retrocesso de 15 anos na luta contra a fome, mas a região conseguiu avançar rapidamente graças a programas de proteção social e transferência de renda altamente desenvolvidos. A região reduziu os níveis de fome em 5,4 milhões de pessoas em apenas dois anos.
Torero destaca que programas de transferência de renda com condicionantes, como os implementados no Brasil, têm sido cruciais para melhorar o capital humano e a saúde e educação das crianças. Ele aponta ainda que a América do Sul, livre de conflitos e com investimentos significativos em sistemas agroalimentares, tem uma vantagem em relação a outras regiões. O economista elogia o sistema de proteção social da América Latina, iniciado por Brasil e México e aprimorado ao longo do tempo, como um exemplo positivo de política social.
O relatório da FAO também revela que, globalmente, uma em cada 11 pessoas pode ter enfrentado fome em 2023. No Brasil, a insegurança alimentar severa diminuiu de 8,5% no triênio 2020-2022 para 6,6% no período 2021-2023, o que representa uma redução de 18,3 milhões para 14,3 milhões de brasileiros nessa condição.
Fonte e fotos: Agência Brasil.